Enquanto alguns líderes de governos tentam proibir as criptomoedas, outros compreendem sua inovação e potencial. É o caso da ministra de Serviços Financeiros da Austrália, Jane Hume. Em declarações recentes, ela afirmou que não vai intervir no mercado de criptomoedas.
Mais precisamente, reconheceu que os ativos digitais vieram para ficar. Por isso, destacou que a Austrália não pretende atrapalhar esse tipo de investimento. Afinal, trata-se de uma escolha pessoal investir ou não no Bitcoin e outras moedas digitais.
Criptomoedas crescerão em importância
Conforme destacou Hume durante a conferência anual da Stockbrokers and Financial Advisers Association, as criptomoedas crescerão como uma classe de ativos. Nesse sentido, a Austrália não vai impedir o comércio de criptoativos:
“Gostaria de deixar algo claro: a criptomoeda não é uma moda passageira. É uma classe de ativos que crescerá em importância. Se você quer investir em Dogecoin, não vou atrapalhar. Oportunidade pessoal e responsabilidade pessoal são as duas faces da mesma moeda”, disse ela.
Em sua fala no evento, Hume também abordou os “conselhos” financeiros dados em redes sociais, como TikTok.
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De acordo com a ministra, os influenciadores digitais não são muito diferentes dos taxistas ou de alguém em um bar que conta sobre seus ótimos investimentos. Ela destacou que essa dinâmica faz parte do jogo:
“O influenciador do TikTok não é muito diferente do cara do bar que quer contar a você tudo sobre a empresa realmente ótima em que acabou de investir”, disse ela. “Isso não é um conselho financeiro. Mas como tem acontecido desde que os taxistas começaram a dar dicas sobre ações, é uma parte inevitável de um sistema financeiro.”
Hume acrescentou que é preciso deixar as pessoas tomarem suas próprias decisões com responsabilidade e bom senso.
Austrália destoa do resto do mundo
A postura permissiva da ministra da Austrália com os criptoativos contrasta com declarações de outros países que querem proibir ou restringir o uso de criptomoedas.
No início do ano, o Reino Unido baniu os derivativos de criptomoedas para investidores de varejo.
O governo da Índia estuda há tempos a possibilidade de proibir as criptomoedas para “proteger os investidores”.
Recentemente, a China reforçou sua posição anterior contrária às criptomoedas. Mais precisamente, o país proibiu instituições financeiras e de pagamento de fazerem negócios com criptomoedas.
Os Estados Unidos também afirmaram na quinta-feira (21) que as criptomoedas são usadas para evasão fiscal. Por isso, irá exigir que transações de mais de US$ 10.000 sejam relatadas à Receita.
Nesta sexta-feira (21), foi a vez de Hong Kong restringir operações com criptomoedas.
Governos não poderão banir criptomoedas
Embora muitos países estejam anunciando medidas para restringir o uso de criptomoedas, pode ser que a proibição não seja tão fácil assim.
O bilionário investidor David Rubenstein, por exemplo, acredita que essa possibilidade não existe.
Assim, como Hume, ele acredita que as criptomoedas vieram para ficar. E os governos não serão capazes de impedir seu progresso.
“A ideia de que a criptomoeda vai acabar ou que o governo vai impedir que a criptomoeda seja algo que os investidores desejam não é realista neste momento”, disse ele em entrevista à CNBC.
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