Embora usuários tenham apontado no domingo, 9 de março, que a queda de 11% no preço do Bitcoin esteja relacionada com vendas massivas da suposta pirâmide financeira PlusToken, pesquisadores da PeckShield, empresa especializada em cibersegurança e que vem monitorando os endereços associados da empresa desde que a empresa foi desmantelada, declarou que a baixa recente do BTC não guarda relação com as liquidações feitas pela PlusToken.
“Os Bitcoins movidos ainda estão em processo de mixagem no momento e ainda não entraram no mercado. Pelo contrário, o ritmo da mixagem diminuiu como resultado da recente queda”, declarou a empresa.
Embora não haja evidências diretas indicando a correlação entre os movimentos da PlusToken e a queda do preço do Bitcoin, qualquer atividade da suposta pirâmide merece atenção e continuará a gerar ondas no mercado de criptomoedas, considerando a enorme quantidade de criptoativos que acumulada durante o esquema.
De fato, os integrantes da PlusToken, em geral, liquidam os Bitcoins obtidos desde agosto de 2019. Desta forma, levando em conta a grande quantidade de Bitcoins retidos de investidores, sempre que o mercado de criptomoedas cai, os investidores associam ao dump da PlusToken.
Em agosto de 2019, os traders de criptomoedas especularam que as movimentações feitas pela PlusToken teriam feito o Bitcoin recuar US$1.000 com a primeira venda massiva de BTC realizada pela empresa. A PlusToken teria vendido no mercado, de uma só vez, até 40 mil Bitcoins. Já em dezembro, quando a PlusToken apenas moveu seus ETHs, em uma transação monitorada pelo Whale Alert, o preço do ETH caiu 3,7% em minutos naquele dia, limpando US$ 550 milhões de seu valor de mercado.
Acredita-se que a PlusToken tenha acumulado até US$3 bilhões em criptomoedas. O valor seria composto, principalmente, por mais de 200 mil Bitcoins, cerca de 800 mil ETHs e 26 milhões de EOS. Entretanto, o esquema ruiu em julho de 2019, depois que a polícia chinesa prendeu seis membros da equipe principal da PlusToken que haviam escapado à época para Vanuatu. Porém, acredita-se que os dois principais articuladores do golpe, um russo e um sul-coreano, ainda estejam soltos e seriam os responsáveis pelas vendas.
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