Como apurado pelo Portal Gaucha ZH, a Polícia Federal (PF) concluiu na terça-feira (11) a Operação Lamanai, deflagrada em outubro de 2019. A investigação revela que a Unick Forex deve cerca de R$ 12 bilhões aos seus clientes.
Suspeita de pirâmide financeira, a empresa atraia investidores interessados em criptomoedas.
A investigação aponta que a companhia movimentou mais de R$ 28 bilhões. O Ministério Público Federal (MPF) e a PF indiciaram e denunciaram 15 executivos ligados à suposta fraude.
Suspeita de Pirâmide
Segundo relatório da PF, a Unick Forex causou um prejuízo de aproximadamente R$ 12 bilhões aos seus investidores.
Investigada há pelo menos um ano e sete meses, a empresa seria uma suposta pirâmide financeira atuante no mercado de criptomoedas.
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Durante o período de operação no mercado, a companhia teria movimentado cerca de R$ 28 bilhões.
Andamento da operação
Em 2018, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu uma ordem de suspensão à empresa. A entidade alegava que a Unick apresentava irregularidades em suas operações. No entanto, a empresa continuou atuando no mercado.
Em 2019, a PF deflagrou a Operação Lamanai, na qual indiciou 13 pessoas. Além destas, o MPF também denunciou outros dois envolvidos no esquema criminoso.
Atualmente, os 15 suspeitos respondem em liberdade. Entre eles, Leidimar Bernardo Lopes, o fundador e chefe da pirâmide.
As investigações revelam que os demais investigados e colaboradores da companhia se referiam a Lopes como “presidente”, “comandante” ou “chefe”.
Bens apreendidos
Durante a operação, foram apreendidos cerca de R$ 200 milhões em contas ligadas à empresa, além de 44 carros de luxos, dinheiro em espécie, joias, moedas estrangeiras e 1.550 BTC.
Apenas em Bitcoin, com a correção atual de R$ 259.427,20, o valor apreendido superaria os R$ 400 milhões.
Os envolvidos no suposto golpe
Além de Lopes, outros diretores, contadores, advogados e, até, sua filha estariam envolvidos na suposta organização.
Leidimar Bernardo Lopes — fundador e CEO da Unick Forex;
Danter Navar da Silva — diretor de marketing;
Fernando Baum Salomon — advogado. Teria cedido contas pessoais de seus escritórios de advocacia para o suposto esquema;
Caren Cristiani Greff Martins — advogada. Teria atuado com Salomon e como “prestadora de serviços advocatícios à empresa”;
Fernando Marques Lusvarghi — diretor jurídico da Unick;
Paulo Sérgio Kroeff — seria responsável pela aquisição e direção de empresas ligadas a Unick;
Israel Nogueira e Sousa — diretor de comunicação e tecnologia da companhia;
Sebastião Lucas da Silva Gil — teria movimentado valores da Unick em sua conta pessoal;
Euler da Silva Machado — controlaria pagamentos a investidores da empresa;
Ronaldo Luis Sembranelli — atuou como “laranja” para aquisição de ações;
Marcos da Silva Kronhardt — atuaria como trader da Unick;
Ana Carolina de Oliveira Lopes — filha de Leidimar. Teria atuado na administração da organização junto com o pai;
Itamar Bernardo Lopes — teria movimentado valores da Unick em contas pessoais;
Bernardo Ramos Rodrigues — teria fornecido serviços contábeis à empresa.
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