Agentes da Polícia Federal deflagraram na última quinta-feira (08) uma operação para combater práticas de pirâmide financeira e crime contra o Sistema Financeiro Nacional. De acordo com a PF, os suspeitos alvos da Operação “Stop Loss” teriam se passado por traders para aplicar os golpes. Eles teriam movimentado R$ 60 milhões com o esquema, lesando centenas de vítimas em pelo menos três estados do Brasil.
Na ação, a PF prendeu os dois suspeitos alvos dos mandados de prisão preventiva. O piauiense Leonel Júnior foi preso no Paraná e Jonathas Micael da Costa foi preso no Piauí. Além dos mandados de prisão, os agentes também cumpriram dois mandados de busca e apreensão contra os suspeitos. A Vara Federal Cível e Criminal da Subseção da Justiça Federal de Floriano expediu os mandados.
Traders são presos por golpe de pirâmide financeira
Conforme informou a PF, os suspeitos praticavam os crimes em cidades do Piauí, de Alagoas e do Maranhão. Eles se passavam por investidores do mercado financeiro e prometiam aplicar o dinheiro das vítimas no mercado de valores mobiliários.
“As investigações mostraram a captação de recursos de clientes por meio de fraude, com promessas de ganhos mensais de até 25% sobre o capital investido, para serem supostamente aplicados no Mercado Financeiro através de empresa não autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a captar recursos e realizar investimentos no mercado”, disse a PF.
Além disso, a PF afirmou que os valores aplicados pelas vítimas variavam de R$ 5 mil a R$ 4,2 milhões. Os recursos eram depositados em contas da empresa de fachada, bem como diretamente nas contas pessoais de membros da organização, tais como familiares e amigos.
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As autoridades apuraram que o grupo fez vítimas nas cidades de Floriano, Picos, São Luís e Maceió. Os suspeitos devem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, Crime contra a Economia Popular, Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro.
MPF denuncia traders suspeitos de golpe
A operação contou com a colaboração do Ministério Público Federal (MPF), da Coordenação-Geral de Repressão à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Federal (CGRC/PF) e da Polícia Civil do Piauí.
Em nota, o MPF informou que ofereceu denúncia contra Leonel e Jonathas. De acordo com o MPF, as investigações tiveram início a partir de notícias de que representantes das empresas LJ TRADER e LJ TRADER & CIA LTDA, que têm Leonel e Jonathas como sócios, estavam oferecendo ao público em geral uma espécie de contrato de investimento coletivo.
“Para o MPF os denunciados constituíram instituição financeira, como pessoa jurídica de direito privado (LJ TRADER e LJ TRADER & CIA LTDA), com a finalidade de captação, intermediação ou aplicação de recursos financeiros de terceiros. Além disso, operaram sem a devida autorização, ou com autorização obtida mediante declaração falsa, instituição financeira, inclusive de distribuição de valores mobiliários ou de câmbio”, disse o MPF.