O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês), instituição que integra o G20, o qual ficou responsável pela diretriz do grupo sobre Bitcoin e criptomoedas, voltou atrás em suas declarações e rendeu-se ao potencial dos criptoativos, declarando que eles podem representar um risco para a estabilidade econômica global tal qual estabelecida atualmente.
As declarações foram feitas pelo novo presidente do FSB Randal K. Quarles
durante seu discurso em Hong Kong. Quarles, que também atua como vice-presidente de supervisão do Conselho de Governadores da Receita Federal dos EUA, disse que o FSB começará a rever sua estrutura para garantir uma melhor avaliação da vulnerabilidade da estabilidade financeira global.”, disse.
Quarles notou ainda que, embora esse processo de revisão vise melhorar a capacidade da agência de recomendar melhores políticas de estabilidade financeira para as nações do G20, uma estrutura completa talvez seja difícil de realizar, dados os desenvolvimentos em evolução de novas tecnologias, como a criptomoeda.
“Isso não será fácil – desenvolvimentos como o surgimento de criptoativos podem desafiar qualquer estrutura – mas isso torna o objetivo de uma estrutura robusta ainda mais importante”, declarou.
O FSB foi criado em 2009 no rescaldo da crise financeira global em uma tentativa de fornecer avaliação de vulnerabilidade financeira para o G20. Quarles foi nomeado novo presidente em 28 de novembro, assumindo o cargo anteriormente ocupado por Mark Carney, governador do Banco da Inglaterra.
Até a nova afirmação de Quarles, a posição do FSB sobre Bitcoin e criptomoedas era de que estes criptoativos não tinha qualquer poder para impactar as estruturas econômicas atuais e, embora Quarles não tenha especificado a escala desse processo de revisão de estrutura, é notável que o FSB já propôs uma estrutura em julho do ano passado especificamente para monitorar os riscos de criptomoedas com métricas que analisam a volatilidade dos preços, o crescimento das ofertas iniciais de moedas e o uso de criptomoedas nos pagamentos globais.
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A revisão será realizada por um comitê do FSB, liderado por seu vice-presidente Klaas Knot, que também é presidente do Banco Nacional Holandês, o banco central dos Países Baixos.
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