Um dos assuntos que tem ganhando cada vez mais o noticiário mundial é o 5G, um novo tipo de rede de conectividade que tem gerado até mesmo uma “guerra” entre os EUA e a China (Huawei) pela vanguarda nesta tecnologia. Guerra que inclusive tem sido apontada como um dos fatores que tem ajudado a impulsionar o preço do Bitcoin.
Como mostra Eduardo Polidoro, Diretor de Negócios de IoT da Embratel, o 5G trará a possibilidade de novas aplicações que precisam de baixíssima latência, como carros autônomos. Por sua vez, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) destaca que “as redes em 5G estão sendo projetadas para possuírem baixa latência e capacidade para suportarem grande número de conexões simultâneas, com baixo consumo de energia. Por essa razão, têm condições mais propícias para a expansão do uso de dispositivos IoT”.
Esta rede hiperconectada precisará de um ativo de valor que possa circular entre as partes conectadas (máquinas e humanos) atuando como mecanismo de pagamento. Além disso, como mostrou a recente aplicação em blockchain desenvolvida pela CIP, uma rede na qual diferentes atores compartilham a mesma informação precisa de governança e um ledger distribuído que seja capaz de garantir a autenticidade e a segurança dos dados, ai que entra os DLT e blockchains.
Como mostra a 5G Américas, esta próxima geração de tecnologias sem fio promete habilitar uma sociedade completamente conectada e móvel, dando espaço para amplas transformações socioeconômicas marcadas por melhorias na produtividade, sustentabilidade, eficiência e bem-estar geral das pessoas e comunidades. Espera-se que a nova geração de tecnologia móvel transforme mercados verticais inteiros como automotivo, energia, alimentação e agricultura, administração de cidades, governo, saúde, manufatura, transporte e muito mais.
Estes casos que serão habilitados pela 5G necessitam de diversos requisitos em termos de desempenho das redes e também realizarão distintos tipos de interação, incluindo “pessoas com pessoas”, “pessoas com máquinas” e “máquinas com máquinas”. Geralmente, estes serviços e aplicações se dividem em três grandes grupos, de acordo com seus requisitos de desempenho: eMBB (enhanced Mobile Broadband ou Banda Larga Móvel Melhorada), MIoT (Massive Internet of Things, Internet das Coisas Massiva), e URLLC (Ultra Reliable Low Latency Communications, Comunicações Ultra confiável de Baixa Latência).
As aplicações relacionadas ao eMBB, como realidade virtual ou vídeo em ultra alta definição (UHD) demandam uma alta taxa de transferência e uma boa cobertura de serviços, enquanto que as de MIoT – monitoramento de saúde ou cidades inteligentes – dependem, principalmente, de números elevados de dispositivos em pequenas áreas, e por último os serviços de URLLC – compostos por cirurgias remotas e comunicações de “veículos com veículos”- são extremamente rigorosos em termos de latência e confiabilidade. Em todos estes serviços, blockchain pode funcionar como uma espécie de espinha dorsal para garantir a integridade no compartilhamento dos dados.
A 5G representará muito mais do que uma melhora em termos de velocidades de acesso, como muitas vezes é esperado. É devido à profunda transformação que promete, que seu desenvolvimento tecnológico e lançamento demandará um esforço significativo e investimento por parte das operadoras das redes. Por isto, também será necessário o emprego de segmentos de espectro radioelétrico em frequências nunca antes utilizadas por serviços móveis, tanto em intervalos baixos, médios e altos.
A Gemalto, líder mundial em segurança digital, elaborou um pequeno guia para entender melhor o que é o 5G e seu impacto na sociedade.
Leia também: Uruguai inova com novo padrão de conexão 5G; Brasil deve lançar a tecnologia somente em 2020