A Embratel, uma das maiores empresas de telecomunicações do Brasil, revelou com exclusividade ao Criptomoedas Fácil que vem trabalhando em aplicações que envolvem blockchain e Internet da Coisas (IoT) e, assim como têm apontado inúmeros especialistas, reforçou que a tecnologia 5G tem a capacidade de revolucionar as aplicações baseadas em IoT.
No caso do 5G, existe uma “guerra global” sobre a tecnologia, que inclusive tem motivado o presidente Donald Trump a pedir uma espécie de “boicote ocidental” (até o momento sem sucesso) à empresa chinesa Huawei. No Brasil, para demonstrar o potencial desta nova tecnologia, a operadora de telecomunicações Claro/NET juntou-se justamente com à Huawei e à Rede Globo para fazer a demostração de uma transmissão de vídeo Ultra-HD 8K em uma rede experimental 5G durante a Futurecom 2018.
Sobre blockchain, Eduardo Polidoro, Diretor de Negócios de IoT da Embratel, destacou que a companhia entende que a tecnologia tem grande potencial para uso em IoT, devido, principalmente, à sua característica de imutabilidade.
“Um exemplo de onde já promovemos sua utilização é no segmento de agronegócio. O armazenamento em blockchain de dados importantes e sensíveis durante o plantio traz a possibilidade de um controle de qualidade muito mais efetivo e, consequentemente, um potencial de diferenciação da qualidade dos produtos – mesmo que sejam commodities – seja na produção, transporte ou armazenamento. Isso traz efetivamente mais valor e receita para os produtores, tradings, e outros agentes no segmento. Outra potencial utilização de Blockchain está no setor de saúde, no qual, por meio de sensores de temperatura, umidade e luz, é possível garantir que produtos sensíveis tenham sido transportados e armazenados corretamente até a hora de seu consumo. Isso é válido, por exemplo, para vacinas que necessitam resfriamento contínuo e medicamentos que oxidam quando expostos à luz”, afirmou.
Polidoro explicou também o porque da importância da rede 5G, que, como tem mostrado o Criptomoedas Fácil, pode ser um divisor de águas no setor de telecomunicações e representar a verdadeira base para o desenvolvimento da Internet das Coisas (IoT).
“Acompanhamos os desenvolvimentos em 5G e ele faz parte de nossa estratégia. O 5G trará a possibilidade de novas aplicações que precisam de baixíssima latência, como carros autônomos. No entanto, ainda podemos ganhar muita eficiência usando as redes 4G; ainda há muito trabalho a ser desenvolvido em IoT usando 4G. Estamos prestes a lançar comercialmente as redes NB-IoT e CAT-M, que trazem muitos ganhos em relação às redes 2G e 3G. Com o consumo baixo de energia dos dispositivos NB-IoT ou CAT-M, muitas aplicações novas serão criadas. Um exemplo simples que facilita a visualização desse cenário está na coleta seletiva. Poderíamos ter uma coleta seletiva eficiente, na qual o caminhão passa recolhendo o lixo somente quando a lixeira está cheia, e não quando ainda não foi completamente utilizada. Isso só é possível com o uso de sensores que funcionam à bateria. Essa aplicação é possível com as novas redes NB-IoT e CAT-M de baixo consumo”, finalizou.
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Ao Criptomoedas Fácil, a ANATEL disse que o 5G significa um aumento na eficiência das telecomunicações como um todo e as redes estão sendo projetadas para possuírem baixa latência e capacidade para suportar grande número de conexões simultâneas, com baixo consumo de energia. Por essa razão, existem condições mais propícias para a expansão do uso de dispositivos IoT, que devem ser integradas com aplicações em blockchain para diferentes processos, desde negociações máquina-a-máquina à remuneração aos usuários por fornecimento de dados e poder computacional.
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