A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (14) a quarta fase da operação Kryptos, batizada de operação Betka. O objetivo da ação era desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas.
A operação foi realizada em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPF).
A PF informou que 15 policiais federais às ruas cumprir dois mandados de prisão preventiva no Rio de Janeiro/RJ.
Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e são resultado de uma cooperação entre a PF e o Ministério Público Federal.
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Operação Betka
Conforme informou a Polícia Federal, na terceira fase da operação Kryptos – na Operação Valeta – os agentes apreenderam um material que detalhou a criação de uma corretora de criptoativos pelos investigados.
Segundo a polícia, essa exchange foi criada supostamente para “evitar a ação de bloqueio e posterior confisco dos valores movimentados pelo esquema criminoso, por parte dos órgãos da persecução penal, por meio da utilização de interpostas pessoas para a dissimulação do capital movimentado”.
Operação Valeta
A Operação Valeta foi deflagrada em fevereiro também para desmantelar uma quadrilha que usava criptomoedas em operações ilegais.
De acordo com a PF, as movimentações eram mediadas por uma advogada responsável pela administração de duas empresas sediadas em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
A principal investigada na Operação Kryptos é a GAS Consultoria, do “Faraó dos Bitcoins”, Glaidson Acácio dos Santos. Ele teria contratado estes serviços da advogada.
Conforme a acusação, a conduta da investigada possibilitou a continuidade das atividades ilícitas da GAS. Os crimes continuavam sendo praticados mesmo após a deflagração da primeira fase da operação.
Os nomes dos investigados não foram revelados. Mas a PF informou que eles respondem pela prática dos crimes de operação sem autorização de instituição financeira, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Assim, se condenados, poderão cumprir pena de até 34 anos de reclusão.
O nome da operação “Betka”, segundo a PF, faz referência ao banco de pagamentos T-28 e a um tanque russo.
Caso GAS Consultoria
O caso de mais destaque da Operação Kryptos foi o da GAS Consultoria Bitcoin, empresa que atuava na região do Lagos do Rio de Janeiro, mais precisamente em Cabo Frio.
Em sua primeira fase, a operação prendeu o dono da GAS Consultoria, Glaidson Acácio dos Santos.
O MPF afirma que pelo menos R$ 38,2 bilhões foram movimentados pela GAS Consultoria entre 2015 e 2021. Ainda conforme a acusação, 6.249 pessoas físicas e 2.727 pessoas jurídicas foram afetadas.
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