A recente movimentação de Ether (ETH) pelo fundador do Ethereum, Vitalik Buterin, gerou apreensão entre os investidores de criptomoedas. Isso porque a ação ocorre em um momento em que a Fundação Ethereum enfrenta críticas pela falta de transparência em seus gastos.
Na sexta-feira, Buterin transferiu 800 ETH, equivalentes a cerca de US$ 2 milhões, de acordo com dados da Lookonchain. Este é o segundo movimento significativo de Buterin em agosto, após a transferência de 3.000 ETH, no valor de mais de US$ 8 milhões, no dia 9.
A comunidade cripto está atenta, sobretudo após a Ethereum Foundation (EF) ter movimentado US$ 88 milhões em tokens para a exchange Kraken.
Essas transferências ocorrem em um contexto desafiador para o Ethereum. A segunda maior criptomoeda do mercado luta para se manter acima do nível psicológico de US$ 3.000. Desde o início de agosto, a criptomoeda caiu abaixo desse patamar. E, até agora, não conseguiu uma recuperação sólida. O ETH está sendo negociado a US$ 2.526 no momento da redação desta matéria.
A volatilidade e os movimentos de grandes somas de ETH por figuras influentes, como Buterin, adicionam uma camada de incerteza ao mercado, aumentando a preocupação entre os investidores.
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Buterin e o Ethereum
A controvérsia ganhou força após a revelação de que a Ethereum Foundation, em 23 de agosto, transferiu uma grande quantidade de ETH para a Kraken.
Essa movimentação levantou suspeitas sobre a gestão financeira da EF, uma organização que detém um orçamento anual de aproximadamente US$ 100 milhões, destinados a subsídios e salários. A falta de clareza sobre a destinação desses fundos levou a questionamentos por parte da comunidade de criptomoedas, que exige mais transparência.
Aya Miyaguchi, Diretora Executiva da Ethereum Foundation, se pronunciou sobre o assunto. Ela afirmou que a transferência para a Kraken faz parte das “atividades de gestão de tesouraria” da fundação.
Segundo ela, quando beneficiários de subsídios só podem aceitar moedas fiat, a EF converte Ether em fiat por meio de exchanges como a Kraken. Além disso, Miyaguchi garantiu que as futuras vendas de Ether pela fundação ocorrerão de forma planejada e gradual, visando minimizar impactos no mercado.
Além disso, Josh Stark, um membro importante da EF, tentou apaziguar as preocupações ao compartilhar relatórios de despesas da fundação em um tópico no Twitter (X).
Esses relatórios detalham como os fundos foram utilizados, tanto internamente quanto em projetos externos, numa tentativa de aumentar a transparência e tranquilizar os detentores de Ethereum.
