Pessoas de todas as idades na Rússia têm investido em mineração de Bitcoin, Ethereum e outras criptomoedas. A atividade tem despertado especial interesse em jovens e idosos de diferentes gêneros e estilos de vida.
Este é caso de Valentina Klyoz, mulher de 72 anos, que começou a se interessar por moedas digitais e hoje possui sua própria mineradora. A russa comenta que muitas pessoas vão querer entrar no negócio, mas que nem todas terão dinheiro suficiente para começar. Engenheira agrícola de formação e empresária, ela investiu mais de US$2 mil para comprar o hardware de mineração, de acordo com reportagem do canal de televisão russo Russian Today (RT, na sigla em inglês).
Enquanto algumas universidades introduzem cursos relacionados a criptomoedas, alguns jovens já estudaram o assunto e ganharam pequenas fortunas, como o garoto prodígio Yaroslav, que investiu US$17 em uma criptomoeda, em fevereiro deste ano, e sete meses depois o montante valia US$2.200. Com apenas 16 anos de idade, ele diz que seu pai tem receios quanto à legalidade da tecnologia.
O minerador russo Yury Dromashko, morador de Irkutsk, na Sibéria, acredita que o preço do Bitcoin só irá aumentar. Sua cidade é conhecida por ser a “capital da mineração” na Rússia, pois os baixos custos de energia tornam o negócio mais rentável. Dromashko começou a minerar Bitcoin há um ano, em meio a crise econômica russa, e arrepende-se de não ter começado antes.
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Apesar da Rússia ainda não ter legalizado as criptomoedas, o presidente do país, Vladimir Putin, tem dedicado atenção considerável à indústria de moedas digitais. Putin encontrou-se com o também russo e fundador da moeda Ethereum, Vitalik Buterin, em junho deste ano. De acordo com o governo, o presidente “apoia a ideia de estabelecer relações com parceiros mineradores russos“.
Entretanto, existe divergência de opiniões entre diversos oficiais russos. Alguns associam a tecnologia a pirâmides financeiras ou cassinos para lavagem de dinheiro. Apesar disso, os mineradores seguem otimistas em relação à evolução do mercado no país.
Outros usuários beneficiam-se da “liberdade” proporcionada pelas moedas digitais e comentam que ninguém poderá confiscar seus fundos. Caso proíbam a utilização das criptomoedas na Rússia, eles poderão transferi-las para outro país.