Em Malta, novas regras exigirão que todos os contratos de aluguel do país sejam registrados em uma blockchain por questões de segurança, conforme relatou a Cointelegraph nesta segunda-feira, 24 de junho.
O primeiro-ministro maltês Joseph Muscat afirmou que seu gabinete aprovou novas regras, que serão anunciadas no decorrer dos próximos dias, que consistem em exigências sobre os registros de contratos de aluguel acontecerem em uma blockchain, visando protegê-los de fraudes e garantir acesso às pessoas autorizadas. Segundo Muscat:
“Nós mostraremos às pessoas o valor desta tecnologia por meio da aplicação em algo que elas usam em seu cotidiano. Tal contrato não pode ser fraudado e apenas aqueles autorizados poderão acessá-lo. Isso mostra como a transformação digital afeta suas vidas.”
Malta estabeleceu-se como um país amigável à tecnologia blockchain e aos ativos digitais, tornando-se conhecida como a “Ilha da Blockchain”. Em fevereiro, a Autoridade de Serviços Financeiros de Malta emitiu uma consulta sobre cibersegurança, sugerindo que o sistema de cibersegurança da agência deve estar de acordo com padrões internacionais, incluindo diretrizes da Autoridade Bancária Europeia.
A integração da tecnologia blockchain nos processos relacionados à propriedade ganhou tração nos últimos meses. No início de junho, o Departamento de Terras de Dubai e a empresa de telecomunicações Etisalat assinaram um memorando de entendimento que diz respeito à uma blockchain destinada à propriedade. Ambas partes querem implementar padrões governamentais inteligentes, introduzindo gestão sem papel e contratos digitais para transações em propriedade.
Em maio, a Enterprise Ethereum Alliance detalhou diversos casos de uso relevantes à indústria imobiliária em um relatório. O conglomerado acredita que a blockchain tem o potencial de encurtar o processo de gravar e transferir propriedades, enquanto aumenta a transparência e torna desnecessária a confiança em registros de terra, dentre outros problemas.
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