Uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo revelou que líderes da FX Trading, Unick Forex, Indeal, Zero10 e King Investimentos, apontadas por usuários e reguladores como supostos esquemas de pirâmides financeiras, já teriam participado de supostas pirâmides famosas como a TelexFree, MinerWorld e até o Bitconnect. No total, segundo a reportagem, eles teriam movimentado bilhões de recursos em Reais de pelo menos 4 milhões de pessoas. “Apenas uma dessas empresas, a FX Trading, contava, segundo a própria empresa, com quase 2 milhões de investidores no final de junho”, diz a publicação.
“A volatilidade das criptomoedas por si só já demonstra que o sistema de rentabilidade fixa nesses modelos de empresas é uma bola de neve em que uma hora novos investidores estarão na verdade remunerando a rentabilidade dos anteriores, o que caracteriza o modelo piramidal, conhecido pelo mercado como esquema ponzi”, diz a Procuradora da Fazenda Ana Paula Bez Batti.
Ainda de acordo com a reportagem, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Procuradoria da Fazenda Nacional estaria investigando diversos casos com a ajuda de um grupo anônimo de hackers formado por integrantes do mercado de criptomoedas. Segundo a publicação, existem mais de 50 empresas do gênero em atividade espalhadas pelo Brasil no momento.
A reportagem aponta que o líder da Zero10 Nivaldo Gonzaga dos Santos possui dois CPFs (125.182.688-12 e 263.052.278-45) e responde a processo por estelionato e furto em Mato Grosso do Sul. Santos teria começado a carreira em outros esquemas, “como Bboom, Telexfree, Mistercolibri, Paymony, todas empresas alvo de processos por pirâmide financeira. A Zero10 é alvo de processo na CVM, que já proibiu a sua atividade”, destaca a publicação.
Atualização – 22/07/2019 às 10:40
A assessoria de imprensa do Grupo Tree Part entrou em contato com o CriptoFácil e enviou a seguinte nota:
“Sobre a reportagem publicada pelo site CriptoFácil, é importante esclarecer que não há investigação em curso contra a Zero10.Club. O Programa Zero10.Club foi citado irregularmente num processo que dizia respeito a outra empresa. Importante lembrar que o Programa Zero10.Club foi suspenso para aguardar a análise dos esclarecimentos já feitos e de um processo administrativo junto à Comissão de Valores Mobiliários. Apesar de não ser regulada pela CVM, o pedido de suspensão total do programa foi realizado em demonstração de boa-fé, respeito à autarquia federal e de sua política interna de compliance.”
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