A gigante nacional do varejo Maganize Luiza tem investido na construção de uma plataforma própria para permitir pagamentos digitais que incluiria uma carteira que funcionaria da mesma forma que aplicativos como Alipay, do Alibaba, ou o WechatPay, do aplicativo de mensagens WeChat. Desta forma, a solução poderia permitir que os usuários realizem pagamentos em outras locais além das empresas e site do grupo, como por exemplo supermercados, postos de gasolina e demais estabelecimentos que aceitariam o aplicativo da empresa.
Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, a rede varejista tem consultado diversos bancos, preferencialmente os digitais (pois já teve problemas com grandes instituições), atrás de soluções que incluem a captura de transações com cartão (adquirência) e ainda um facilitador de pagamentos. O objetivo foi anunciado por Frederico Trajano, presidente da rede, numa conferência com jornalistas em dezembro.
No entanto, a varejista aguarda ainda a definição, por parte do Banco Central do Brasil (BACEN), das regras do “open banking”, que em resumo possibilitaria a terceiros acessarem e até mesmo movimentarem recursos de contas bancárias, desde que com a autorização de clientes. O principio é que os dados financeiros são dos usuários e não das instituições financeiras.
Não está claro ainda se a varejista pretende implementar em seu “SuperAPP”, outras formas de pagamento como Bitcoin ou outras criptomoedas. No entanto, o movimento da Magazine Luiza tende a inaugurar no Brasil uma tendência global que configura uma transformação no setor bancário. Com ou sem o BTC, a gigante do varejo nacional está atenta ao tema dos criptoativos e abordou o assunto em sua iniciativa “Missão Digital“, durante o rali de alta em 2017.
A Maganize Luiza não quis comentar as declarações sobre o aplicativo em desenvolvimento.
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