A KPMG, gigante da consultoria membro do chamado “Big Four”, disse que os serviços de custódia de criptoativos têm um “tremendo” potencial de crescimento à medida que mais investidores institucionais se juntam a esse mercado.
“Os criptoativos não são mais um instrumento exótico ou um mercado paralelo. Existe ampla aceitação no mercado de que blockchains sem permissão, tokens nativos e criptoativos permitirão o surgimento novos ecossistemas robustos de comércio e comércio”, disse Mike Krajecki, diretor-gerente da prática de Tecnologias Emergentes da KPMG, em um relatório compartilhado com o portal The Block na segunda-feira, 02 de março.
De acordo com a KPMG, o ecossistema de criptoativos está evoluindo a uma taxa “incrível” e os serviços de custódia terão que preparar suas soluções de segurança para o futuro.
“As arquiteturas de armazenamento seguro podem fornecer velocidade e flexibilidade em escala para dar suporte a requisitos de alto rendimento em pagamentos, negociação de alta frequência e outros aplicativos de varejo”, afirmou a empresa.
Ataques e riscos de custódia
O aumento dos ataques hackers é outro motivo apontado pela KPMG como impulso para a demanda por soluções de custódia. Pelo menos US$9,8 bilhões em criptoativos foram roubados por hackers desde 2017, disse a empresa. Por isso, os investidores institucionais não correrão o risco de possuir criptoativos, se seu valor não puder ser salvaguardado da mesma forma que dinheiro, ações e títulos.
“Os investidores institucionais, em especial, não assumirão posições nos criptoativos se seu valor não puder ser custodiado e salvaguardado da mesma forma que os ativos tradicionais”, disse Sal Ternullo, co-líder dos serviços de criptoativos da KPMG.
A gigante da consultoria identificou quatro componentes “críticos” para um modelo de custódia “bem-sucedido”: segurança e resiliência de próxima geração, conformidade abrangente, confiança de terceiros e custódia de valor agregado.
“À medida que os criptoativos se proliferam, os custodiantes terão uma grande oportunidade de lucrar ganhando taxas de gerenciamento por fornecer serviços simples de custódia e também oferecendo serviços adjacentes apenas possíveis nesse ecossistema emergente”, concluiu a KPMG.
Atualmente, existem 42 provedores de serviços de custódia de criptografia, incluindo a Bakkt e Fidelity Digital Assets. Ao longo dos anos, esses provedores receberam US$1,3 bilhão em investimentos. De fato, o foco dos serviços de custódia também mudou de foco, indo do consumidor para o investidor institucional.
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Recentemente, conforme relatou o CriptoFácil, o Congresso do estado norte-americano do Havaí criou um projeto de lei que autoriza os bancos locais a realizarem a custódia de criptoativos. O mesmo tipo de serviço já foi autorizado para os bancos da Alemanha.
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