A BWA é uma suposta pirâmide financeira com sede em Santos, no litoral paulista. A empresa prometia rendimentos sobre supostos investimentos com criptomoedas.
Alguns clientes tiveram prejuízos astronômicos, um deles pedindo o bloqueio dos investidos R$ 811.684,51.
Após o bloqueio ser indeferido, o investidor recorreu e conseguiu mudar a decisão. Desta forma, quase R$ 1 milhão em bens da BWA foram bloqueados.
Imóveis e veículos da BWA são apreendidos
O recurso correu na 5ª Vara do Foro Central Cível de São Paulo/SP.
Trata-se de um investidor que investiu mais de R$ 800 mil na BWA. No processo, é dito ainda que a empresa tentou um acordo com o investidor.
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Contudo, o valor proposto foi R$ 600 mil, muito abaixo das quantias aportadas na BWA.
Sem conseguir retirar seu dinheiro desde dezembro de 2019, o investidor pediu o bloqueio de bens da empresa.
Após ter o pedido negado, recorreu da decisão. No recurso, o investidor sustentou que a dívida da BWA com seus clientes gira em torno de R$ 50 milhões.
Desta forma, outra negativa de bloqueio poderia colocar em risco o ressarcimento dos valores investidos.
Nesse sentido, o relator Kioitsi Chicuta decidiu favoravelmente ao bloqueio, fundamentando:
“Nestes termos, o descumprimento contratual é inequívoco e, aliado a indícios robustos de risco ao resultado útil do processo, justifica a concessão da medida perseguida, pelo que, defere-se o arresto dos bens elencados pela agravante.”
Dentre os bens elencados estão imóveis e veículos, embora o resumo dos autos publicado no Diário de Justiça não especifique quais.
De qualquer forma, aparentemente as contas da empresa foram zeradas. Ou seja, investidores lesados deverão descobrir bens em nome da empresa e solicitar o bloqueio.
Chefes da BWA fogem do Brasil
Existem suspeitas de que Paulo Bilibio e sua esposa, chefes da BWA, estejam escondidos nos Estados Unidos.
Reforçando estas suspeitas, conforme noticiado pelo CriptoFácil, a Policial Civil de São Paulo descobriu movimentação de valores para contas no exterior.
O Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6) está investigando mais de 20 boletins de ocorrência abertos contra a BWA.
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