O Tribunal de Justiça do Espírito Santo condenou a Trader Group Administração de Ativos Virtuais Eirelli e Wesley Binz Oliveira a devolverem recursos aplicados por um clientes na plataforma que é apontada pela justiça como um golpe de pirâmide financeira, sendo inclusive alvo de operação da Polícia Federal. Segundo a decisão, cerca de R$15 mil serão bloqueados em contas bancárias atreladas à empresa ou ao seu fundador.
“Defiro a medida liminar de antecipação dos efeitos da tutela, para determinar a expedição de ofício para a 2ª vara federal criminal de Vitória/ES, solicitando a reserva da quantia de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) do valor depositado em conta vinculada ao processo nº 5004543-34.2019.4.02.5001, para garantir eventual ressarcimento ao valor investido pela autora através de contrato firmado com a TRADER GROUP ADMINISTRAÇÃO DE ATIVOS VIRTUAIS EIRELI. Intime-se. Oficie-se. Citem-se. Diligencie-se”, diz a decisão.
A Trader Group é acusada de pirâmide financeira por oferecer rentabilidade acima de 30% por supostas aplicações em Bitcoin. Em maio, por conta de suas atividades, a empresa foi alvo de uma ação da Polícia Federal que deu fim às suas atividades como resultado da Operação Madoff.
Além de mandados de busca e apreensão cumpridos no Espírito Santo, Estado onde a empresa se localizava, a PF agiu também no Acre e no Mato Grosso do Sul – totalizando cinco ordens de busca e apreensão. Dentre os resultados das buscas, estão quatro veículos de luxo e até mesmo um testamento, que deixava aos herdeiros do responsável por arquitetar o esquema instruções sobre como utilizar as criptomoedas.
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