O Itaú entrou no mundo das criptomoedas e blockchain e, aparentemente, gostou. Em meados de abril, o banco viabilizou investimento em criptomoedas a seus clientes VIPs do Itaú Personnalité.
Nesta quarta-feira (12), o Itaú comunicou que vai lançar um fundo de investimentos em empresas com iniciativas em blockchain.
O objetivo é, novamente, atender a forte demanda dos clientes e oferecer um produto baseado na valorização das companhias que atuam no setor de criptomoedas.
ETF faz sucesso no Itaú e clientes querem mais
Em 14 de abril, conforme noticiou o CriptoFácil, o Itaú informou que seus clientes poderão investir no ETF de criptomoedas criado pela Hashdex, o Hashdex Nasdaq Crypto Index (HASH11).
Cerca de um mês depois, o Itaú já se tornou um dos maiores canais de acesso ao produto. São quase R$ 115 milhões aplicados por mais de 6.000 clientes.
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Embora seja uma fatia pequena da clientela do banco, esses números equivalem a mais de 10% da captação atual do ETF.
Além disso, o fundo de criptomoedas fez sucesso entre os clientes do Personnalité, com uma procura acima da média.
Ao Valor Investe, o diretor de Produtos de Investimentos do Itaú Unibanco, Cláudio Sanches, destacou que a demanda foi grande.
No entanto, de acordo com o executivo, o banco não faz uma recomendação ativa de investimento no produto. Afinal, trata-se de um ativo mais arriscado que a bolsa, por exemplo.
Por isso, o banco está “preparando” seus clientes com educação financeira sobre criptomoedas. Ao mesmo tempo, faz planos para lançar o fundo de investimentos em empresas com iniciativas em blockchain:
“Nesse novo produto, você não vai pegar a alta nas cotações das criptomoedas, mas vai capturar a valorização das empresas que estejam trabalhando com coisas relacionadas. Deve sair em breve, estamos trabalhando nisso atualmente”, afirmou Sanches.
E não vai parar por aí, já que o Itaú também quer focar na tokenização de ativos com blockchain. Segundo Sanches, distribuir ativos tokenizados aos clientes é algo que cada vez mais vai fazer sentido.
“Isso inclusive deve ter uma velocidade maior [no Itaú] do que as criptomoedas”, comentou Sanches.
Pessoalmente, Sanches disse não possuir Bitcoin ou outras criptomoedas por conta das exigências e restrições do cargo.
“Mas tem várias pessoas da equipe que já tem!”, disse.
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