O hashrate (poder de computação) do Bitcoin atingiu um novo recorde, acima de 74 EH/s, indicando que a atividade de mineração está se fortalecendo e que pode haver uma expectativa grande entre os mineradores quanto ao halving que no ano que vem reduzirá a recompensa por bloco minerado pela metade. A taxa de hash estava em uma tendência positiva desde o mês passado. A nova máxima representa um aumento de 140% e também um aumento na dificuldade de mineração, tornando cada vez mais difícil descobrir um bloco à medida em que mais poder de processamento é adicionado.
Assim como os aumentos históricos em 2017, o movimento atual guarda relação com o aumento do preço do BTC e também o início da temporada de chuvas na região de Schichuan e Alta Mongólia na China, onde estão concentradas as maiores fazendas de mineração de BTC do mundo, devido ao baixíssimo custo de energia que fica ainda mais baixo no período atual, pois há excedente de energia com as chuvas que chegam na região. À medida em que o halving se aproxima, a dificuldade de mineração também observa novos recordes sendo que, atualmente, ela foi ajustada para 7,93 T.
Segundo dados do portal BitInfoChart, a receita da atividade de mineração também tem acompanhado o movimento do apetite dos mineradores. No entanto, embora os números sejam positivos, especialistas ainda têm mostrado certo receio em relação à atividade de mineração de Bitcoin, alegando que, tal qual ocorreu em 2017, à medida em que a critpomoeda avança em valor, as taxas para transacionar o criptoativo também devem aumentar, mesmo com implementações como o SegWit. Também existem preocupações com a escalabilidade da rede, que pode não suportar um aumento no número de transações que em sua imensa maioria são realizadas na blockchain principal, mesmo com soluções de segunda camada como a Lightning Network.