No episódio 40 do podcast BitCast, José Domingues da Fonseca e Paulo Aragão receberam Rafaela Romano, entusiasta de criptomoedas e head of marketing da fintech de carteiras digitais Swipe, para falar sobre o halving do Bitcoin, previsto para ocorrer em 12 de maio.
Conforme explicou a líder do projeto Mulheres Falam Sobre Bitcoin, o halving do Bitcoin é um evento que ocorre periodicamente e que divide por dois a recompensa recebida pela mineração do Bitcoin.
“Basicamente existem diferentes mineradores que emprestam poder computacional para resolver um problema matemático que é difícil de ser resolvido e, aquele que consegue resolver tem o direito de registrar na blockchain o seu bloco. Como esse processo de resolver esse problema e garantir a autenticidade da rede é um processo que envolve muitos custos, a rede, para incentivar esse minerador, dá a ele dois tipos de recompensa: os Bitcoins recém criados e um conjunto de taxas que são pagas individualmente pelas transações.”
Rafaela Romano também comentou o processo descentralizado e auto-gerido do BTC, estabelecido por Satoshi Nakamoto, o criador do protocolo Bitcoin. Esse protocolo determina que a cada 10 minutos um bloco seja registrado na rede, independente do número de mineradores, e que a cada quatro anos, a recompensa cai pela metade. O que torna o Bitcoin deflacionário.
No que diz respeito à expectativa gerada pelo having para o aumento de preço do Bitcoin, Rafaela Romano destacou que, analisando os dois últimos halvings, é possível perceber uma dinâmica de alta de preço que se mantém por dois anos. Depois disso, no terceiro ano, começa um ciclo de baixa. No entanto, ela ressaltou que como só ocorreram dois eventos de halving, é difícil estabelecer um padrão, de fato.
José Fonseca também abordou o relatório, compartilhado com o CriptoFácil pela Paradigma Education, que traz dados da blockchain do Bitcoin. Segundo ele, com base no relatório, não existe um dado que reflita o comportamento da comunidade e que possa prever a precificação do BTC.
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Estamos em uma “espiral da morte”?
Durante o programa, José Fonseca também comentou a “espiral da morte” que seria resultado da queda na lucratividade média na mineração do BTC que, supostamente, reduziria o interesse dos mineradores na rede.
Rafaela Romano comentou que não acredita que haverá uma espiral da morte porque, se houver uma queda do interesse dos mineradores, a mineração pode ficar realmente distribuída. Além disso, o desenvolvimento de máquinas mais potentes pode impedir esse fenômeno.
Paulo Aragão também observou que a valorização do Bitcoin pode também impedir a espiral da morte, porque as taxas já seriam suficientes para custear todo o processo de mineração.
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Aviso: O texto apresentado nesta coluna não reflete necessariamente a opinião do CriptoFácil