Na semana passada, o protocolo ZKsync foi alvo de um ataque hacker que resultou em um prejuízo milionário. O hacker obteve as credenciais de acesso de uma conta administrativa com acesso a milhões de tokens ZK não reivindicados durante o último airdrop do protocolo.
No total, o hacker assumiu o controle de 111 milhões de tokens ZK, cerca de US$ 5 milhões na cotação atual. Apesar do montante roubado ser apenas 0,45% do fornecimento total, a notícia causou uma debandada de investidores do projeto.
Logo após a notícia do roubo vir a público, o token ZK, que já acumulava perdas desde seu pico em dezembro de 2024, registrou queda imediata após o ataque, caindo de US$ 0,05 para US$ 0,04. A notícia acelerou a saída de investidores, pressionando ainda mais o valor do ativo.
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Acordo com o hacker
Em resposta, o Conselho de Segurança do ZKsync publicou uma carta aberta na segunda-feira (21), propondo um acordo ao hacker. Ele devolveria 90% dos tokens em troca de 10% como recompensa e a garantia de não perseguição legal. O prazo que ele tinha para devolver os tokens roubados era de 72 horas.
Na quarta-feira (23), a equipe confirmou que o hacker aceitou a proposta e devolveu os fundos dentro do prazo. Em comunicado, o Conselho afirmou:
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“Temos o prazer de informar que o hacker cooperou e devolveu os fundos dentro do prazo de segurança. Conforme declarado na mensagem original do Conselho de Segurança, o caso agora é considerado resolvido. Os ativos estão sob custódia do Conselho de Segurança, e a decisão sobre o que será feito com eles será tomada pela governança.”
O Conselho de Segurança prometeu, ainda, divulgar um relatório detalhado sobre o ataque hacker após a conclusão das investigações. Além disso, irá fazer um agradecimento especial a equipe de investigação. O anúncio impulsionou uma recuperação no preço do ZK, que subiu de US$ 0,053 para US$ 0,055 após a confirmação da devolução.
Apesar do desfecho positivo no caso do roubo, o ZKsync ainda tem uma batalha importante pela frente. A Matter Labs, empresa por trás do protocolo, está sendo processada pela BANKEX por suposto roubo de propriedade intelectual.
O caso, apresentado à Suprema Corte, alega que os fundadores copiaram tecnologia e dados confidenciais do banco digital, do qual integravam a equipe de colaboradores. Elevando ainda mais as dúvidas da comunidade em torno da capacidade e reputação dos gestores do protocolo.
