Para identificar clientes envolvidos na ação criminosa, a perícia já alcançou 3 milhões de registros e bloqueou preventivamente 2.568 contas suspeitas nas exchanges do Grupo Bitcoin Banco (GBB)
O Grupo Bitcoin Banco (GBB) relata ter acabado de concluir a primeira etapa da perícia realizada em suas quatro plataformas. Foram analisados, até o momento, 3 milhões de registros sobre operações de compra e venda de criptomoedas, e identificadas 19.896 transações suspeitas de fraude. Valendo-se de uma brecha na plataforma das exchanges do GBB, um grupo de clientes duplicou os saldos de suas contas e efetuou saques indevidos de dinheiro que não existia num golpe que pode chegar a R$50 milhões.
A ação criminosa foi denunciada às autoridades de segurança pública no dia 24 de maio – conforme noticiado aqui no CriptoFácil – e está sendo investigada pela Delegacia de Crimes Cibernéticos de Curitiba, onde foi aberto inquérito policial.
Como consequência da investigação, às 16h desta segunda-feira, 03 de junho, foram bloqueadas 2.568 contas suspeitas. Os CPFs correspondentes a essas contas foram informados à Delegacia em que corre o inquérito, assim como todas as demais informações apuradas.
O prazo para conclusão da perícia interna do GBB é de até 30 dias úteis, a contar de hoje, 03 de junho. No decorrer da análise, serão liberadas as contas que não tiverem comprovação de envolvimento na fraude.
Para dar velocidade à operação, o GBB montou uma equipe exclusiva dedicada ao assunto, focada no levantamento de dados, contato com clientes, recuperação de recursos indevidos e reportes à Polícia Civil.
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Tela de posição dos saques
A investigação segue acelerada enquanto a empresa trabalha para regularizar o ritmo de depósitos e retiradas das corretoras. A equipe de TI do GBB criou uma tela temporária (que pode ser vista nesta matéria) dentro da plataforma das exchanges NegocieCoins e TemBTC em que os clientes podem verificar a posição de seus saques na fila de pagamentos.
“Essa consulta em tempo real confere transparência ao esforço que estamos fazendo para regularizar todas as nossas operações. Embora tenhamos anunciado que os pagamentos seriam retomados na quarta-feira, dia 29, conseguimos voltar a pagar na segunda, dia 27. Mas nosso ritmo de pagamentos, tanto em reais quanto em bitcoins, foi seriamente comprometido pela fraude”, explica Heloisa Ceni, vice-presidente da CLO Financeira, holding que controla o GBB.
A tela está conectada em tempo real com o setor financeiro do grupo e mostra também quantos saques já foram pagos desde segunda-feira, 27 de abril. Os clientes não são identificados, mas podem reconhecer sua situação pelo apelido que usam dentro do livro de ofertas das corretoras.
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