A administração dos Estados Unidos entrou com uma ação judicial contra a proposta da Bittrex de reembolsar seus clientes. A Bittrex deve US$ 53 milhões ao Tesouro dos EUA devido a dois acordos anteriores.
A subsidiária americana da Bittrex entrou em falência no início de maio, após reguladores alegarem que a empresa estava operando uma bolsa de valores ilegal.
No ano passado, a exchange fechou dois acordos no valor de US$ 53 milhões com o Tesouro por permitir que clientes baseados no Irã, Cuba e Crimeia realizassem transações não autorizadas.
Posteriormente, a empresa buscou aprovação do tribunal para permitir que os clientes retirassem seus ativos sem incorrer em despesas e atrasos decorrentes de litígios. No entanto, o governo americano considera inadequado priorizar os credores.
“Colocar os credores em classes subordinadas fora da audiência de confirmação é impróprio”, diz o documento do governo.
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A divisão americana da Bittrex possui US$ 50 milhões em dinheiro de clientes e US$ 250 milhões em criptomoedas. Os advogados que representam o grupo informaram ao tribunal de Delaware que sua empresa operacional, também em falência, possui US$ 120 milhões em dinheiro de clientes e criptomoedas.
Eles afirmaram ainda que ambas as empresas possuem ativos suficientes para honrar as retiradas. No entanto, o Governo americano não aceitou a proposta e, sinaliza que antes de pagar os clientes a empresa deve pagar o governo.
SEC x Bittrex
Quando a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) acusou a Bittrex em abril, alegou que a empresa e seu ex-CEO Bill Shihara violaram intencionalmente os requisitos de registro das leis federais de valores mobiliários.
Eles instruíram emissores de criptomoedas a excluir certas declarações de seus documentos de oferta que indicariam que eles eram valores mobiliários.
Os reguladores também acusaram a Bittrex de obter pelo menos US$ 1,3 bilhão em taxas de transação de investidores, incluindo os dos EUA, sem registrar ou cumprir as leis de valores mobiliários dos EUA.
“A Bittrex escolheu repetidamente o lucro em detrimento da proteção ao investidor”, disse Gurbir S. Grewal, Diretor de Execução da SEC.
