O Governo dos Estados Unidos é um dos maiores detentores de Bitcoin (BTC) do mundo, possuindo cerca de 200.000 Bitcoins, equivalentes a US$ 5 bilhões em BTC. Ou seja, mais de R$ 25 bilhões na cotação atual em reais.
Esse grande volume de BTC é resultado das ações de apreensão de criptomoedas pelos EUA, conforme apontou o Wall Street Journal (WSJ) em reportagem publicada no último domingo (15). O país vem agindo há anos para reprimir ataques cibernéticos e recuperar criptoativos roubados em hacks e atividades online ilícitas.
De acordo com um levantamento realizado pela empresa de cripto 21.co, dados públicos revelam que o país norte-americano possui exatos 194.188 Bitcoins, que superam US$ 5 bilhões. No entanto, esse volume pode ser ainda maior. Isso porque, segundo a 21.co, essas são “estimativas de limite inferior das participações do governo dos EUA com base em informações publicamente disponíveis”.
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EUA: baleia de Bitcoin
Os Estados Unidos conseguiram obter a quantidade expressiva de Bitcoin em várias apreensões. A maior delas foi a do Silk Road (mercado com foco em produtos ilícitos que operava na Darknet), em que os EUA confiscaram 69.369 BTC em novembro de 2020.
Em seguida, vem a apreensão de Bitcoin referente ao hack à exchange de criptomoedas Bitfinex em janeiro de 2022, quando os EUA apreenderam 94.643 Bitcoin. Em terceiro lugar está a apreensão de James Zhong de 51.326 BTC em março de 2022.
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As ações de recuperação de ativos não foi um processo rápido. O caso da Bitfinex, por exemplo, levou quase seis anos para ser concluído.
Ainda segundo a reportagem, os EUA mantêm os Bitcoins apreendidos principalmente de forma offline em dispositivos de armazenamento conhecidos como carteiras de hardware mantidas. Os responsáveis pelo controle dessas carteiras de Bitcoin são o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) e a Receita Federal. Em geral, os EUA liquidam essas criptomoedas por meio de leilões, sob responsabilidade da agência US Marshals Service.