O Irã está mais uma vez no centro do debate da comunidade de criptomoedas. Em janeiro de 2020, o ataque dos Estados Unidos que matou o principal general iraniano foi apontado como o catalisador que elevou o preço do Bitcoin acima dos US$ 10 mil por conta da preocupação de um conflito mundial. Agora, Saeed Muhammad, comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, pediu que o Irã faça uso de criptomoedas para evitar as sanções econômicas.
A declaração do comandante pode ser entendida como um ‘endosso’ oficial do país ao Bitcoin. Isso porque a Guarda é o braço militar do regime e aquele que lhe dá sustentação. As palavras de Muhammad foram ditas durante um discurso feito a uma multidão que estava reunida a pedido do governo.
“Estamos exigindo a criação de um mecanismo mais sofisticado para contornar as sanções. Para contornar as sanções, precisamos desenvolver soluções como a troca de produtos e o uso de criptomoedas com nossas parcerias [em outros países]”, destacou.
Petro é uma das iniciativas que “inspiram” o país
Segundo informações, o endosso do Irã às criptomoedas teria respaldo em pelo menos quatro iniciativas. A primeira delas é o caso a Venezuela com o Petro, que também vem sendo usado para evitar sanções dos EUA. Outra é a proposta de criação de uma Moeda Digital do Banco Central (CBDC, na sigla em inglês) da China.
O uso de criptomoedas como forma de evitar sanções na Coreia do Norte e, unindo todas estas pontas, a influência da Rússia, são as outras iniciativas que ‘inspiram’ o país.
O governo do presidente iraniano Hassan Rouhani já anunciou que lançaria uma criptomoeda nacional em 2018. Contudo, apesar do anúncio, nenhum desenvolvimento foi realizado. As sanções efetivamente isolaram o Irã do comércio exterior, e os investimentos e o uso de criptomoedas pode ser uma maneira de contorná-las.
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