Após as descobertas de que a G44 não possui valores em conta ou veículos, passou-se a desconfiar de uma possível ocultação de bens em curso.
Agora, a possibilidade se tornou maior. Conforme verificado pelo CriptoFácil, o irmão de Josy Escobar (sócia da G44) abriu uma mineradora em 29 de abril. Coincidentemente, ela foi aberta no mesmo endereço da G44.
Aparentemente, a crise causada pelo coronavírus está sendo utilizada para acobertar movimentações, segundo um advogado que acompanha o caso. A reportagem conversou com o advogado Jorge Calazans, que deu detalhes.
Em 27 de abril, o CriptoFácil noticiou que a G44 não possuía valores em suas contas. A descoberta foi feita após uma ordem judicial para bloqueio de valores, que acusou a inexistência de saldos em contas.
No dia 20 de maio, foi noticiado que, além de inexistirem valores, também não existem veículos.
Agora, descobriu-se que o irmão de Josy Escobar, chamado Marciel Brito de Escobar, abriu uma mineradora. A mineradora, assim como as da G44, é para mineração e lapidação de gemas.
A criação se deu no dia 29 de abril, durante a crise do coronavírus. Com o nome de “Fenix Mineração”, a empresa conta com um capital social de R$ 300 mil.
Abaixo, é possível verificar suas informações:
O que chama a atenção é a criação do novo CNPJ, mas a manutenção da sede.
O CriptoFácil conversou com Jorge Calazans, advogado que representa clientes lesados pela G44, para entender melhor o que isso pode representar.
Calazans respondeu afirmando que a jogada representa “sérios indícios de ocultação”. Ele justifica:
“O irmão de Josy não tem o ensino fundamental completo, e abriu uma mineradora de R$ 300 mil durante uma crise, no mesmo endereço da G44. São sérios indícios de ocultação.”
Além de ocultação de bens, o advogado também desconfia de lavagem de dinheiro.
“Junto com esses indícios, existem outros. Todos de ocultação de bens e lavagem de dinheiro. Já estou levando a situação às autoridades que investigam o caso.”
Trata-se de, pelo menos, a terceira notícia sobre práticas criminosas da G44 a autoridades responsáveis. A primeira foi uma notícia crime, noticiada pelo CriptoFácil.
A segunda, mais recente, foi à Polícia Federal. Enquanto isso, clientes lesados se revoltam, pois não conseguem receber seus valores retidos desde o fim de 2019.
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