Nos dias 05 a 08 de dezembro, o Chile será palco de um dos principais eventos do mundo sobre criptomoedas e blockchain, a Labitconf, que pretende debater os rumos que o mercado pode tomar em 2019, ano em que a presidência do G20 será comandada pelo Japão, uma das nações mais amigáveis às criptomoedas do mundo e que terá a tarefa de buscar um consenso entre as nações para que as regulamentações a serem propostas pelo organismo multilateral e lideradas pelo GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional) não impeçam o desenvolvimento da tecnologia.
Além disso, 2019 é considerado por muitos como o ano em que o mercado de criptomoedas verá a chegada de vez dos investidores institucionais, impulsionados por uma possível aprovação de um ETF de Bitcoin pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) e pelo lançamento da Bakkt, a plataforma de criptoativos da Bolsa de Valores de Nova York, a maior bolsa de valores do mundo. No entanto, questões como escalabilidade, interoperabilidade, taxas, adoção, vulnerabilidade e outros fundamentos mais técnicos são imensamente importantes quando o assunto é o futuro do Bitcoin e, depois do lançamento de soluções de segunda camada, como a Lightning Network e RSK, o que podemos esperar para 2019?
Não apenas estas, mas outras questões serão abordadas na Labitconf, por meio de amplos painéis que agruparão personalidades como Andreas Antonopoulos e Zooko Wilcox, além de Luke Dashjr, que atualmente atua como desenvolvedor do Bitcoin Core, o núcleo que cuida das propostas de implementação de mudanças no Bitcoin e irá para o Chile justamente para falar do futuro da maior criptomoeda do mercado.
O Brasil será representado por Rosine Kadamani, cofundadora da Blockchain Academy, por Fernado Ulrich (XDEX) e Rocelo Lopes (Stratrum CoinBr). Lopes, em especial, como destacou o Criptomoedas Fácil, utilizará o evento chileno também para anunciar pelo menos duas grandes novidades para o mercado de criptomoedas na América Latina, como a primeira exchange descentralizada das Américas, a Coindex, e também o primeiro Index Found focado em criptomoedas na América Latina, o Stratrum Blue.
Além deles, a exchange 3Xbit firmou uma parceria com o Criptomoedas Fácil para trazer ao público brasileiro os principais acontecimentos do evento.
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“A Labitconf é um dos maiores eventos sobre o ecossistema cripto do mundo. Por meio desta parceria queremos destacar ainda mais nossa presença no Brasil e na América Latina e trazer ao público nacional os principais pensamentos e desenvolvimentos que podem impactar o mercado no próximo ano. Operamos em um mercado extremamente influenciado pelas notícias e aspectos de inovação, estar atento a tudo isso que acontece dentro e fora do Brasil é fundamental para quem deseja crescer e ampliar suas participações, seja você uma empresa ou um investidor individual”, declarou Saint Clair, fundador da 3Xbit.
A América Latina tem se tornado um dos importantes mercados para as plataformas que operam com criptomoedas, tanto que as maiores exchanges do mundo, como Binance, OKEx, Coinbene, entre outras, já estão ou pretendem iniciar operações em países do continente. Atualmente, no Brasil, foram mais de 1,4 milhão de contas abertas em exchanges de criptomoedas, enquanto os bancos só registraram 600 mil novos cadastros. No México, as criptomoedas não eram aceitas como dinheiro, mas uma nova lei as catalogava como commodities, permitindo que os bancos trabalhassem com elas. Na Argentina, eles começaram a instalar os primeiros caixas eletrônicos que permitem comprar e vender criptomoedas.
Na Colômbia, o Congresso apresentou um projeto de lei para emitir licenças para as exchanges que desejam operar no país e para tributar as transações. No Peru, o volume de transações com criptomoedas aumentou mais de 50%. O Uruguai acaba de criar um novo comitê especial para avaliar como regular as criptomoedas para evitar o terrorismo financeiro e a lavagem de dinheiro. E o Paraguai, por sua vez, destaca-se como um dos países mais baratos para estabelecer operações de mineração, graças aos baixos custos de renováveis que são comparados com os do Canadá ou da Suécia.
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