O Renaissance Technologies, um dos maiores fundos de hedge do mundo, tem um novo alvo em mente no mercado: os contratos futuros de Bitcoin. É o que indica um formulário regulatório registrado pelo fundo na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) em 30 de março.
O fundo, que possui US$75 bilhões (R$392 bilhões) sob custódia e é mais conhecido por ser o pioneiro no mercado de investimentos quantitativos, destacou que seus principais fundos (os Medallion Funds) agora têm “permissão para entrar em transações de futuros de Bitcoin”. A empresa disse que limitaria suas atividades comerciais a contratos negociados na Chicago Mercantile Exchange (CME). Não está claro se a Renaissance já comprou futuros de Bitcoin até o momento da produção deste texto.
Lançados em 2017, os futuros de Bitcoin da CME são liquidados em dinheiro, o que permite aos investidores especular sobre o ativo atrelado aos contratos, sem ter que receber o Bitcoin físico. Conforme relatou o CriptoFácil em janeiro, a CME já negociou mais de US$100 bilhões (R$523 bilhões) em contratos de Bitcoin desde o seu lançamento. No entanto, o número de grandes traders e fundos de hedge usando o produto caiu no mês passado.
Histórico do fundo pode animar mercado
O formulário da Renaissance oferece aos investidores informações sobre suas práticas de negócios, mas também observa o risco de negociar Bitcoin e derivativos vinculados ao criptoativo.
“A mercadoria subjacente a essas transações futuras (Bitcoin) é um ativo relativamente novo e especulativo. Bitcoin e seus futuros são extremamente voláteis, e os resultados do investimento podem variar substancialmente ao longo do tempo. Esses instrumentos envolvem substancialmente mais risco e potencial de perda em relação a para instrumentos financeiros mais convencionais. Os investimentos desse tipo devem ser considerados substancialmente mais especulativos e significativamente mais prováveis de resultar em uma perda total de capital do que muitos outros investimentos.”
Na sexta-feira, 17 de abril, o principal fundo Medallion da Renaissance ganhou as manchetes por seu desempenho. O Wall Street Journal informou que o fundo de US$10 bilhões de capital (R$53 bilhões) apresentou rentabilidade positiva de 24% até o momento em que a volatilidade tomou conta dos mercados globais. A empresa com sede em Long Island cresceu 9,9% em março.
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Fundada em 1982, a Renaissance é liderada pelo premiado matemático James Simons. De acordo com o portal Bloomberg, os fundos Medallion são conhecidos por seus altos retornos, retornando aos investidores um retorno médio anual de 40% de 1988 a 2018. Essa alta rentabilidade pode servir como mais um motor para o crescimento de produtos baseados em Bitcoin, aumentando o interesse institucional pelo criptoativo.
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