A exchange de criptomoedas FTX, que está em processo de recuperação judicial desde o dia 11 de novembro, solicitou na quinta-feira (15) ao Tribunal de Falências de Delaware permissão para vender algumas de suas subsidiárias. Isso inclui, por exemplo, a LedgerX, braço de derivativos com base nos EUA, a FTX Europa e a FTX Japão. O objetivo da exchange é que as empresas não percam valor por estarem associadas a ela.
“Com base em sua revisão preliminar, os devedores possuem ou controlam várias subsidiárias e ativos que são regulamentados, licenciados e / ou amplamente não integrados às operações dos devedores, dentro e fora dos Estados Unidos”, diz a moção. “Os devedores acreditam que várias dessas entidades têm balanços patrimoniais solventes, administração independente e franquias valiosas.”
FTX quer vender subsidiárias
Quem fez o pedido foi a nova liderança da FTX, já que o fundador da empresa, Sam Bankman-Fried (SBF) renunciou ao cargo em novembro e está preso nas Bahamas. Os advogados que representam a exchange entraram com uma moção para iniciar um processo de leilão para a LedgerX, para o serviço de negociação de ações Embed Business, bem como para a FTX Japan e a FTX Europe.
A FTX comprou a maior parte dessas entidades há relativamente pouco tempo. Isso quer dizer que elas operavam de forma independente de sua controladora global e que seus recursos estão separados da exchange .
“Quanto mais tempo as operações forem suspensas, maior o risco para o valor dos ativos e o risco de revogação permanente das licenças”, disseram os advogados do escritório de advocacia Sullivan e Cromwell em nome da FTX.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Ainda segundo a defesa da FTX, caso não sejam vendidas, as afiliadas ao grupo podem continuar perdendo funcionários e sua boa reputação com os reguladores
“É uma prioridade da [FTX] explorar vendas, recapitalizações ou outras transações estratégicas com relação a tais subsidiárias e ativos”, diz a moção.
FTX diz ter recebido várias propostas
A ideia da FTX é que as licitações preliminares tenham início já em janeiro de 2023. Mas cada empresa terá uma data diferente para este processo. A previsão é que os lances finais ocorram entre fevereiro e março.
No documento, a defesa diz ainda que a FTX já recebeu “dezenas de propostas não solicitadas” para as empresas. E garantiu que a aprovação dessas vendas beneficiará os credores da FTX.
Acreditava-se que a LedgerX, comprada pela FTX no ano passado, era uma das poucas partes do FTX Group que permanecia líquida.
No início de dezembro, conforme noticiou o CriptoFácil, a plataforma de negociação de derivativos se comprometeu a enviar à exchange “falida” US$ 175 milhões. Ou seja, pouco menos de R$ 1 bilhão na cotação atual em reais. A ideia da exchange era utilizar esses recursos no processo de recuperação.