Embora haja um certo otimismo para que os credores da exchange de criptomoedas FTX recuperem seus fundos perdidos, é possível que o processo de recuperação dure, pelo menos, dois anos. Foi o que afirmaram fontes com conhecimento direto do assunto ao The Post em matéria publicada nesta quarta-feira (25).
De acordo com a reportagem, os executivos que representam os credores no caso acreditam que será possível recuperar até metade ou dois terços dos US$ 8 bilhões perdidos. Contudo, é provável que os quase 1 milhão de credores tenham que esperar um bom tempo até que isso se materialize.
O mais otimista sobre a recuperação dos ativos é o novo CEO da FTX, John Ray. Há pouco tempo, conforme noticiou o CriptoFácil, Ray informou ao tribunal que havia encontrado cerca de US$ 5 bilhões em ativos líquidos da FTX. O dinheiro que pode ajudar a pagar as pessoas e os investidores da FTX que estão no prejuízo.
O caso é que avaliar esses ativos pode não ser uma tarefa fácil. Afinal, tudo fica mais complexo quando se trata de investimentos ilíquidos em ativos digitais ou capital de risco volátil. Ou seja, isso pode significar menos dinheiro distribuído aos credores, segundo a reportagem.
“Não sabemos se Ray valorizará o dinheiro que volta para as pessoas com base no valor de suas criptomoedas na época ou no valor atual”, disse um advogado envolvido no processo.
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O colapso da FTX e a prisão de Bankman-Fried
Após o colapso da exchange e do pedido de recuperação judicial, Sam Bankman-Fried, fundador da FTX, foi indiciado por acusações de fraude em valores mobiliários. Os promotores alegam que ele roubou dinheiro das carteiras dos clientes da FTX para pagar por negociações em seu fundo de hedge Alameda Research. Além disso, ele teria usado o dinheiro para fazer contribuições políticas a fim de influenciar a supervisão do governo sobre a indústria de criptomoedas.
No dia 12 de dezembro, autoridades das Bahamas prenderam Sam Bankman-Fried (SBF) após o governo dos Estados Unidos apresentar denúncias contra ele. Após pagamento de uma fiança de US$ 250 milhões, SBF pôde ir para a casa de sua família, em Palo Alto, na Califórnia, em prisão domiciliar – onde está até hoje.
Na última semana, o Governo dos EUA apreenderam quase US$ 700 milhões em ativos pertencentes à SBF. Esses ativos, que vinham sendo disputados nos últimos meses, agora estão sob custódia dos EUA.