A exchange de criptomoedas FTX, que está em processo de recuperação judicial, está avançando com uma ação para recuperar US$ 700 milhões (R$ 3,3, bilhões) das firmas de investimento K5 Global, Mount Olympus Capital e SGN Albany Capital.
A ação legal, que foi protocolada no Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito de Delaware, também tem como alvo os coproprietários da K5 Global, Michael Kives e Bryan Baum.
O fundador da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), havia estabelecido laços com essas figuras antes de sua prisão. Segundo a acusação, em fevereiro de 2022, Bankman-Fried, Kives e Baum participaram de jantares e do Super Bowl de 2022 juntos, em uma tentativa do fundador da FTX de capitalizar sobre as conexões da dupla.
As alegações sugerem que Bankman-Fried estava particularmente interessado nas relações de Kives com celebridades e políticos. Em uma nota interna, o fundador da FTX escreveu que Kives e Baum eram uma “espécie de balcão único para relacionamentos que deveríamos utilizar”.
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Acredita-se que tais relações poderiam fornecer à FTX “conexões infinitas”, potenciais parcerias não remuneradas com celebridades e relações políticas, além de oportunidades para trabalhar juntos na política eleitoral.
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Lobby da FTX
A acusação afirma que Kives, Baum e suas empresas afiliadas receberam os US$ 700 milhões em fundos “sem receber valor equivalente”. Agora, a FTX exige que esses fundos sejam devolvidos, no que especialistas preveem ser a primeira de muitas tentativas de recuperação.
Além disso, alguns políticos que receberam doações de campanha de Bankman-Fried e suas empresas foram instados pelo Departamento de Justiça a devolver esses fundos. Os políticos que já anunciaram a doação das contribuições de campanha que receberam de Bankman-Fried incluem o senador Dick Durbin, D-Ill., e o deputado Jesús “Chuy” García, D-Ill.
O deputado Ritchie Torres disse que já doou suas contribuições para uma instituição de caridade local que fornece alimentos para famílias necessitadas. Jason Lilien, sócio da Loeb and Loeb, ressaltou que as instituições de caridade também não estão imunes a cobranças. Os fundos recuperados no processo irão, presumivelmente, para o reembolso de clientes, vítimas e credores da FTX.