Em meio a uma recuperação vigorosa do mercado de criptomoedas, com o Bitcoin ultrapassando a marca dos US$ 30.000, o presidente do Federal Reserve (Fed) dos EUA, Jerome Powell, fez algumas observações relevantes sobre o setor em depoimento ao Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados na quarta-feira.
Em seu discurso, Powell abordou diversos temas cruciais no panorama cripto e financeiro. Entre as declarações, o destaque foi o seu reconhecimento das stablecoins, criptomoedas atreladas ao valor de moedas fiduciárias, como “uma forma de dinheiro”.
O presidente do Fed defendeu um papel robusto na supervisão desses ativos, argumentando que “a fonte final de credibilidade em dinheiro é o banco central”.
Ainda no universo cripto, Powell falou sobre a possibilidade de criação de uma moeda digital do Banco Central (CBDC), um tema cada vez mais presente nas discussões sobre o futuro das finanças.
No entanto, para surpresa de muitos, o dirigente expressou que os Estados Unidos estão distantes de implementar uma CBDC. Powell esclareceu que, em caso de existência de uma CBDC, o Fed não administraria contas de varejo, as quais ficariam sob gestão dos bancos comerciais do país.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Fed
O presidente do Federal Reserve também mencionou que estão em curso discussões para a criação de legislação específica para criptomoedas, com expectativa de apresentação de dois projetos de lei até julho.
Uma vez aprovadas, estas leis proporcionarão um arcabouço regulatório para o mercado de criptomoedas, o qual Powell considera ter poder de permanência como uma classe de ativos.
Além das questões cripto, Powell também comentou sobre o mercado financeiro tradicional, confirmando o compromisso do Fed de reduzir a inflação para 2%.
Ele também tratou do potencial de desdolarização no Oriente, reforçando a importância de preservar o status do dólar americano como moeda de reserva mundial. Contudo, não detalhou planos de ação para assegurar essa posição. O depoimento de Powell reforça a percepção crescente de que as criptomoedas estão cada vez mais integradas ao sistema financeiro tradicional, um fator que não pode ser ignorado pelos órgãos regulatórios.