Um dos integrantes do famoso esquema de pirâmide financeira Kriptacoin foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã de segunda-feira (4). Uélio Alves de Souza, de 47 anos, é condenado por pirâmide financeira e organização criminosa e estava foragido.
As condenações em questão ocorreram no âmbito da Operação Patrick, deflagrada em 2017. A ação policial apurou fraudes envolvendo uma suposta moeda digital chamada Kriptacoin.
Essa criptomoeda falsa fazia parte de um esquema de pirâmide que movimentou R$ 250 milhões entre 2016 e 2017.
Estima-se que mais de 400 mil pessoas, principalmente de DF e Goiânia, tenham sido lesadas pelo golpe. A empresa prometia lucros exorbitantes de 1% ao sobre o valor aplicado.
Segundo o jornal Metrópoles, Uélio de Souza, preso na residência onde mora, na Colônia Agrícola Samambaia, é apontado como um dos “laranjas” do esquema.
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Pirâmide financeira Kriptacoin
De acordo com a polícia, Uélio trabalhava como pintor e, ao ser abordado pelos agentes, o acusado apresentou documento falso. Em razão disso, ele foi preso em flagrante.
Ainda segundo as investigações, Uélio constituiu a empresa Kripta Coin Investimento em Tecnologia Ltda. – ME, com sede em Goiânia (GO) e nome fictício (Hélio Xavier Gomes).
A Operação Patrick realizou uma das maiores apreensões já feitas pela PCDF. Na ocasião, foram apreendidos 16 carros de luxo, incluindo Ferrari, Lamborghini, Porshe, leiloados em 2019.
Além disso, em 2018, o juiz titular da 8ª Vara Criminal de Brasília julgou parcialmente procedente a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Condenação dos envolvidos
Assim, condenou 13 réus por diversos crimes relacionados à prática da pirâmide financeira. Isso inclui crimes contra a economia popular, falsidade ideológica, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Uélio foi condenado a 7 anos e 8 meses de prisão, 397 dias-multa, por crime contra a economia popular, falsidade ideológica e organização criminosa.
Como é reincidente e em razão do tamanho da pena, foi determinado que cumpra a pena em regime fechado. Outros quatro membros da Kriptacoin também respondem por lavagem de dinheiro.
Conforme alegou o MPDFT, o grupo comprou os veículos de luxo com dinheiro dos investidores lesados pelo golpe.
Além de Uélio, são investigados: Cezar da Silva, Wellington Alves Santana, Wendel Alves Santana e Fernando Ewerton.
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