O Fundo Monetário Internacional (FMI) desaconselhou que países sigam o exemplo de El Salvador e adotem o Bitcoin (BTC) como moeda de curso legal.
Em um comunicado recente ao mercado, o FMI destacou que criptomoedas como o BTC têm ganhado força como meios de pagamento e investimento para o público em geral, identificando-os como uma “fonte de risco sistêmico” para as economias globais.
O FMI defendeu que suas recomendações fornecem diretrizes para auxiliar as autoridades na gestão dos riscos macroeconômicos e de estabilidade financeira associados às atividades e mercados de criptoativos.
Dentre as atividades relacionadas às criptomoedas abordadas estão as stablecoins, como USDT e USDC, e as finanças descentralizadas (DeFi). O FMI e reguladores emitiram uma série de recomendações e conselhos aos governos nacionais, com destaque para a questão da adoção legal de criptomoedas pelos Estados.
Não sigam o exemplo de El Salvador
Sob o argumento de “proteger a estabilidade financeira”, o FMI recomendou que os governos evitem conceder curso legal aos criptoativos, argumentando que os meios de pagamento oficiais deveriam ser restritos às moedas emitidas pelo Estado.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Esta recomendação é vista como uma clara alusão a El Salvador, o primeiro país a conceder status de moeda legal ao Bitcoin.
O FMI argumentou que os criptoativos não podem ser considerados moedas, uma vez que não atendem às três condições básicas: unidade de conta, meio de troca e reserva de valor.
As recomendações abrangem ainda a limitação do uso de criptoativos em pagamentos oficiais, de forma a evitar a exposição das receitas do governo à volatilidade dos preços.
Além disso, órgão pediu que sejam abordados os riscos fiscais relacionados aos criptoativos e que as administrações fiscais utilizem informações de terceiros, como plataformas de negociação e intermediários, para melhorar o cumprirem processos de combate à lavagem de dinheiro, evitar o uso de criptomoeda para o financiamento do terrorismo, evasão fiscal e como ferramenta para driblar impostos.