A Coinbase informou nesta semana que deu início a uma nova fase de seu processo de expansão global de operações. O Brasil é um “mercado prioritário” para a exchange de criptomoedas com sede nos Estados Unidos.
De acordo com o anúncio da Coinbase, a Fase II da estratégia “Go Broad, Go Deep” consistirá em concentrar-se na aquisição de licenças, registo e estabelecimento e fortalecimento de operações em mercados “Go Deep” que estão a promulgar regras claras.
Os mercados prioritários de curto prazo incluem a Europa (UE e Reino Unido), Canadá, Brasil, bem como Singapura e Austrália.
Expansão da Coinbase tem Brasil como alvo
Conforme destacou a Coinbase, hoje, 83% dos membros do G20 avançaram para dar mais clareza regulatória para as criptomoedas. O principal exemplo é a Europa que adotou o seu regulamento de Mercados de Criptoativos (MiCA).
“Quando acreditamos que as regulamentações são claras e sensatas, podemos trabalhar mais estreitamente com os reguladores para receber as autorizações necessárias para oferecer os nossos produtos e serviços e atualizar o sistema”, destacou a Coinbase.
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Nesta “Fase II” do Go Broad, Go Deep a Coinbase busca diversificar seus negócios em todo o mundo, acompanhando o envolvimento do governo com as criptomoedas. A exchange pretende estabelecer parcerias e iniciativas com bancos, instituições locais, prestadores de serviços de pagamento, startups e marcas culturalmente relevantes.
No anúncio, a Coinbase destacou, em particular, a posse da presidência do G20 pelo Brasil em dezembro de 2023:
“[A posse] representa uma oportunidade significativa para manter e ajudar a direcionar esse impulso. A Coinbase foi lançada recentemente no Brasil e também no Canadá. Nosso cofundador e CEO Brian Armstrong visitará ambos os países no final deste ano a fim de interagir com os principais tomadores de decisão e partes interessadas, à medida que nos envolvemos na agenda do G20 e fortalecemos nossa presença nas Américas.”
Expansão para outros países
Além do Brasil, a Coinbase também mira a UE e o Reino Unido que, de acordo com a exchange, “enviou um sinal poderoso de que está aberto a negócios para empresas de criptoativos”.
Da mesma forma, os Emirados Árabes Unidos também parecem ansiosos para se tornar um centro cripto global. Afinal, hoje, 28% de sua população possui criptomoedas.
O Canadá, por sua vez, implementou um Compromisso de Pré-Registro (PRU), ao qual a Coinbase se inscreveu em março deste ano. A exchange disse que segue trabalhando com os reguladores locais no desenvolvimento de uma estrutura regulatória de cripto forte.
A Coinbase citou ainda o Japão, que declarou a sua intenção de criar um ambiente propício à promoção da Web3. O Primeiro-Ministro incluiu a Web3 como parte da política econômica do “novo capitalismo” da sua administração. O objetivo é resolver questões sociais, impulsionando o crescimento e a inovação.
Estados Unidos
Enquanto isso, os EUA caminham no sentido oposto apesar de o país possuir 10 dos 420 milhões de usuários de cripto no mundo:
“Todas as partes do mundo estão a assistir a progressos na regulamentação das criptomoedas, exceto os EUA, que estão a optar por uma ‘estratégia’ de aplicação das regras existentes e de nova regulamentação através dos tribunais”, destacou a Coinbase.
Conforme destacou a exchange, ao se marginalizar enquanto tantas economias avançadas e emergentes avançam, os EUA correm o risco de perder a sua influência sobre o futuro do sistema financeiro.
A empresa observou que os EUA já perderam uma participação significativa nos desenvolvedores nos últimos anos, de 40% para 29%. Além disso, poderá perder até 1 milhão de empregos de desenvolvedores para outros países.
Por fim, a Coinbase disse que ainda acredita que o setor cripto e o governo dos EUA deveriam trabalhar como aliados para reformar o sistema financeiro. No entanto, na ausência da participação dos EUA, a empresa continuará seus esforços com outros governos para trabalhar dentro das suas regras e oferecer os serviços e produtos mais confiáveis que tornem o sistema financeiro mais eficiente e acessível.