O eventual comprador do Signature Bank terá que abrir mão de todos os negócios com criptomoedas por determinação do Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), que se prepara para leiloar o banco. Foi o que noticiou a Reuters nesta quinta-feira (16) após ouvir duas fontes anônimas.
Na verdade, segundo a reportagem, apenas licitantes com cartas bancárias existentes poderão revisar as finanças do banco antes de enviar uma oferta de compra.
O FDIC disse que aceitará ofertas até esta sexta-feira (17) pelo Signature Bank, que fechou no domingo. Além do Signature, o FDIC também está recebendo ofertas por outro banco pró-cripto “falido”, o Silicon Valley Bank (SVB). O SVB encerrou as atividades no dia 10 de março.
As fontes disseram à Reuters que o FDIC prefere leiloar ambos os bancos em sua totalidade. No entanto, acabará aceitando lances para partes individuais se o leilão conjunto não obtiver sucesso.
Depois da publicação da reportagem, um funcionário do FDIC negou e disse que não exigiria “desinvestimento de atividades cripto como parte de qualquer venda”.
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Crise bancária nos EUA
O fechamento dos bancos, principalmente do SVB, deu início a uma crise bancária nos EUA que parece estar se alastrando para o mundo.
Ontem, conforme noticiou o CriptoFácil, as ações do Credit Suisse despencaram para o seu valor mínimo histórico após o maior acionista do banco suíço afirmar que não faria novos aportes caso o banco necessitasse de mais liquidez.
Enquanto isso, nos EUA, além do Signature e do SVB, o Silvergate, outro banco que atende empresas de criptomoedas, também fechou as portas na última semana.
A crise, de alguma forma, envolve e impacta as criptomoedas, sobretudo o caso do Signature. O ex-congressistas Barney Frank, por exemplo, chegou a afirmar em entrevista que o banco tinha as contas saudáveis. Assim, só havia sido fechado por ter um envolvimento com o mercado cripto.
O Departamento de Serviços Financeiros de Nova York, contudo, tratou de negar a afirmação. Em vez disso, disse que o fechamento do banco se deu em razão de a instituição não ser capaz de “fazer negócios de maneira segura e sólida”.