Uma falha crítica inutilizou 13% dos nós do Ethereum. O problema foi identificado pela primeira vez em maio e junho no GitHub.
A falha atingiu os clientes minoritários Parity-Ethereum e OpenEthereum, versões 2.7 e posteriores. Eles contêm uma falha que impede que os nós sejam sincronizados com o bloco mais recente da rede.
Com isso, os nós não conseguem acompanhar a evolução da blockchain. Isso reduz a capacidade da rede aprovar novas transações, bem como a sua descentralização.
Falha ainda é desconhecida
Até o momento, as causas da falha são desconhecidas. Também não há uma solução imediata, de modo que seu ajuste pode leva semanas ou até meses para acontecer.
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Os próprios clientes são diferentes implementações de linguagem de programação de software blockchain. A execução de várias implementações em conjunto é considerada uma forma de impedir ataques à rede por ter sistemas simultâneos, mas separados, em execução.
Esse modelo tem sido útil historicamente. Por exemplo, após uma série de ataques em 2016 em Xangai, a Geth encerrou momentaneamente após um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS). Mesmo assim, a Parity-Ethereum conseguiu manter a rede à tona sozinha.
Ataque coloca em risco descentralização da Ethereum
Além disso, isso causa uma tensão adicional ao cliente majoritário, Geth. E reacende as discussões sobre a centralização do Ethereum.
O fim desses nós traz o seguinte problema. Agora, o cliente Geth, apoiado pela Fundação Ethereum, corresponde a cerca de 80% dos nós da rede. Essa dependência pode ser vista como um vetor de ataque à rede.
De fato, os próprios desenvolvedores reconheceram isso. Foi uma das razões que levou ao adiamento do hard fork Berlin.
A nova atualização estava prevista para julho. Ela foi adiada para que clientes minoritários pudessem ganhar um pouco de força.
O criador do Ethereum, Vitalik Buterin, já chegou a afirmar que a rede não é descentralizada. Porém, as recentes falhas e adiamentos nos hard forks trazem grandes riscos.
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