Antes da aprovação dos ETFs de Ethereum nos Estados Unidos, vários analistas previram que os ETFs iriam dar mais liquidez ao mercado de criptomoedas. Isso aconteceu com o Bitcoin (BTC), mas não com os ETFs de Ethereum (ETH), que tiveram o efeito contrário.
De acordo com dados do CCData, a liquidez do livro de ordens de ETH nas exchanges diminuiu desde a estreia dos nove ETFs em 23 de julho. Essa queda, medida nas maiores exchanges dos EUA, atingiu 20%, reduzindo a liquidez para cerca de US$ 14 milhões.
Em exchanges sediadas fora dos EUA, a queda foi ainda maior: 19%, fazendo a liquidez atingir US$ 10 milhões. Em outras palavras, agora é mais fácil mover o preço à vista em 5% em qualquer direção, um sinal de liquidez reduzida e maior sensibilidade a grandes ordens.
Quedas e efeitos de curto prazo para Ethereum
A medida avaliada pelo CCData se refere à quantidade de ordens de compra e venda dentro de 5% do preço médio de mercado de um ativo. Nesse sentido, a profundidade média caiu cerca de 5%, o que demonstra queda de liquidez.
Maior profundidade indica forte liquidez e menores custos de atrito. Ou seja, é mais fácil negociar um ativo e menos difícil de manipular seu preço. Só que os dados do CCData indicam justamente uma queda na liquidez.
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A CCData considerou a profundidade de mercado de 5% para todos os pares de ETH em 30 exchanges centralizadas.
“Embora a liquidez do mercado para pares de ETH em exchanges centralizadas permaneça maior do que no início do ano, a liquidez caiu quase 45% desde seu pico em junho. Isso provavelmente se deve às más condições de mercado e aos efeitos sazonais no verão (no hemisfério norte), frequentemente acompanhados por menor atividade de negociação”, disse Jacob Joseph, analista de pesquisa da CCData.
De fato, o verão em muitos países do hemisfério norte é a época de férias, o que reduz as negociações de ativos. Além disso, o forte fluxo inicial para os ETFs de Ethereum provavelmente retirou parte da liquidez do mercado, o que contribuiu para os atuais números.
Os ETFs de Ether testemunharam uma saída cumulativa de mais de US$ 500 milhões desde 23 de julho, de acordo com dados rastreados pela Farside Investors. No entanto, o ETHA, ETF da BlackRock, se tornou o segundo mais rápido da história a atingir US$ 1 bilhão em ativos sob gestão.
