Faltando poucos dias para o quarto trimestre de 2024 começar, as grandes gestoras e investidores se preparam para futuras valorizações do Bitcoin (BTC). Nesse sentido, o fluxo para os ETFs de Bitcoin disparou mais uma vez, atingindo a marca de US$ 365 milhões.
Esse movimento ocorre ao mesmo tempo em que o preço do BTC atingiu US$ 65.000 pela primeira vez em quase dois meses. Os cortes nas taxas de juros, incluindo nos Estados Unidos, impulsionaram esses ganhos. Como resultado, o BTC pode registrar o melhor setembro em toda sua histórica, com ganhos de quase 10%.
Além disso, o momento atual mostra que o interesse institucional pelo Bitcoin está de volta antes da esperada corrida de alta do quarto trimestre.
Fluxos de entrada de ETF voltam a subir
Na quinta-feira (26), os fluxos totais para ETFs de Bitcoin à vista aumentaram para US$ 365 milhões, de acordo com dados da Farside Investors. O número foi o maior fluxo de entrada de setembro em um único dia. Além disso, também marca seis dias consecutivos de entrada de investimentos nos ETF.
O Ark Invest (ARKB) foi o ETF que recebeu mais investimentos, registrando entrada de US$ 113 milhões, seguido pelo IBIT da BlackRock, que recebeu US$ 93,4 milhões. Mas a gestora de Larry Fink ampliou seu montante de BTC para 359.606, consolidando-se como um dos maiores detentores da criptomoeda.
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Por outro lado, o FBTC, da ProShares, registrou entradas de US$ 74 milhões, enquanto o BITB recebeu US$ 50 milhões. Novamente, o GBTC da Grayscale foi o único ETF que teve saída de investimentos, perdendo US$ 7,7 milhões na quinta-feira. No geral, os ETFs de Bitcoin à vista arrecadaram um total de 5.602 BTC do mercado ontem.
As entradas recentes em ETFs de BTC à vista ocorrem em um cenário de fortes volumes de negociação. Na quinta-feira, o IBIT registrou US$ 1,52 bilhão em volume de negociação, seguido pelo FBTC com US$ 355 milhões.
O popular analista de criptomoedas Ki Young Ju afirmou que os EUA estão recuperando o domínio nas participações de BTC graças ao aumento do fluxo para os ETFs. Esses Bitcoins não estão na posse do governo americano, mas entram como participações ligadas ao país.
Instituições se preparando para alta do Bitcoin
Além dos ETFs, as instituições agora estão se preparando para um forte rali no preço do Bitcoin, que deve ocorrer a partir de outubro. Historicamente, os últimos três meses do ano são os mais positivos em termos de preço, especialmente no início do ciclo de halving.
Meses atrás, havia um temor de que as altas taxas de juros pudessem limitar a valorização neste ciclo. Mas com os cortes de juros nos EUA e na China, bem como o aumento de liquidez, os investidores estão comprando Bitcoins para buscar abrigo em meio às frágeis condições econômicas. Na China, estas compras voltaram a subir de ritmo, o que ajudou a elevar o preço.
“Acreditamos que mais flexibilização está vindo do PBoC, e eles comunicaram isso. Combinado com o Fed se juntando ao ciclo de corte global, todos os principais bancos centrais (exceto BoJ) estão agora prontos para injetar mais liquidez no mercado”, observou a QCP Capital.
No entanto, essa descarga de liquidez pode desencadear um “superciclo de volatilidade” com Arhurs Hayes apostando em um Rally de preço do Bitcoin à frente. “O BTC é a maneira tecnicamente mais sólida neste mundo digital moderno de equilibrar a prodigalidade da elite dominante”, escreveu o fundador da BitMEX.