Um grupo de parlamentares dos Estados Unidos foi até a Suíça encontrar-se com reguladores do país onde está sediada a Associação Libra, organização da qual a gigante das mídias sociais Facebook faz parte. E aparentemente o encontro não solucionou as dúvidas do grupo.
De acordo com matéria da Coindesk, a congressista Maxine Waters (D-CA), que também chefia o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, disse em comunicado neste último domingo, 25 de agosto, que as reuniões do comitê bipartidário a deixaram com dúvidas sobre “permitir que uma grande empresa de tecnologia crie uma moeda global alternativa controlada por si própria”.
Embora as reuniões tenham sido “úteis para entender o status, a complexidade e a magnitude dos planos do Facebook”, Waters acrescentou:
“Estou ansiosa para continuar nossa investigação no Congresso, examinando questões como lavagem de dinheiro e outros assuntos sob a jurisdição do Comitê.”
Comitê bipartidário
Liderado por Waters, um grupo bipartidário (Democratas e Republicanos) formado por seis membros do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA se reuniu na semana passada na Suíça.
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A reunião ocorreu com funcionários de vários órgãos reguladores do país europeu: a Secretaria de Estado de Assuntos Financeiros Internacionais (SIF), o Comissário Federal de Proteção de Dados e Informações (FDPIC), o Mercado Financeiro Autoridade de Supervisão (FINMA), bem como legisladores suíços, para discutir os planos do Facebook para Libra.
A declaração de Waters veio apenas alguns dias depois que ela revelou uma programação para o outono de 2019, onde prometeu continuar a revisão da Libra e do serviço de carteira desenvolvido pela subsidiária do Facebook, a Calibra.
Waters se posicionou como a principal crítica do plano do Facebook em lançar a criptomoeda desde que a gigante das mídias sociais anunciou a novidade em junho. Waters pediu uma “moratória” ao desenvolvimento da Libra durante uma entrevista na CNBC até que o Congresso pudesse entender as implicações da criptomoedas.
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