De acordo com o jornal israelense Calcalist, a empresa de redes sociais Spot.IM está planejando pagar seus funcionários usando Bitcoin (BTC) e está, no momento, negociando com a Autoridade Tributária de Israel a permissão para realizar o pagamento e qual a maneira correta de calcular as taxas de câmbio.
Para fazer o pagamento do salário mensal, a empresa planeja abrir uma conta em uma exchange de criptomoedas. O valor será convertido em Bitcoin e enviado para a conta digital do funcionário. Para garantir que o valor de alteração do Bitcoin não tenha impacto negativo na situação, a média do valor BTC mais alto e mais baixo no dia especificado será calculada e usada como a taxa de câmbio. A equipe terá a opção de escolher entre Bitcoin ou “fiat money” ou então de receber metade do pagamento em BTC. Essa ação da empresa inclui apenas o lucro líquido e os fundos de pensão ou outros benefícios não serão transferidos usando Bitcoin.
A publicação informou que os funcionários da Spot.IM estão supostamente animados com a discussão em andamento, já que as altas taxas de conversão serão cobertas pela empresa.
Em fevereiro de 2018, a Autoridade Tributária de Israel anunciou que as criptomoedas são ativos sujeitos a imposto sobre ganhos de capital, o que significa que os funcionários terão que pagar um imposto de 25%, caso tenham ganhos com o Bitcoin.
Com sede em Nova York, a Spot.IM recebeu US$25 milhões em financiamento da Série C em novembro de 2017. A empresa já trabalhou com a AOL, a NBC, a Refinery29, a Huff Post, a Time Inc. e a Fox News.
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A posição de Israel sobre o Bitcoin
Em janeiro deste ano, o Banco Central de Israel anunciou que o país não reconhece a criptomoeda como moeda ou moeda estrangeira. Nadine Baudot-Trajtenberg, vice-governadora do Banco Central, disse que as criptomoedas “devem ser vistas como um ativo financeiro, com tudo o que isso implica”.
Em março, a Autoridade de Valores Mobiliários de Israel (ISA Securities Authority) disse que as empresas de criptomoeda não seriam listadas na Bolsa de Valores de Tel Aviv. A notícia era esperada desde que a ISA já havia esclarecido este tópico em 2017. “Nós sentimos que os preços do bitcoin se comportam como bolhas e não queremos que os investidores estejam sujeitos a essa volatilidade e incerteza”, comentou o presidente da ISA, Shmuel Hauser.