A KickSoccerCoin, projeto de criptomoeda criado por dois portugueses focado em criar um ecossistema mundial de futebol, aparentemente patrocinará o campeonato venezuelano de futebol. De acordo com um anúncio no dia 23 de janeiro feito pela liga venezuelana de futebol AC2 FutVe, por meio de seu perfil no Instagram, a liga agora passará a se chamar Copa KickSoccerCoin Venezuela.
Entrando com tudo
KickSoccerCoin é um projeto dos portugueses Hélder Silva Coelho e César Carvalho, e tem como embaixadores três craques da seleção brasileira de futebol. Conforme noticiou o CriptoFácil em abril de 2019, Daniel Alves, William e Paulinho auxiliaram no lançamento da criptomoeda.
Recentemente, além dos três craques brasileiros, o capitão da seleção brasileira durante o pentacampeonato Cafu também se tornou embaixador. A empresa anunciou a entrada do jogador por meio de seu perfil no Instagram no dia 22 de janeiro.
A proposta da KickSoccerCoin é ser uma moeda nativa para uma espécie de marketplace, no qual itens oficiais de clubes e de jogadores parceiros do projeto devem ser comercializados, inclusive ingressos para jogos e produtos oficiais exclusivos. De acordo com uma apuração feita pelo CriptoFácil em abril de 2019, é possível que a empresa abra uma plataforma de apostas como a Betfair.
O CriptoFácil conversou com um dos criadores da KickSoccerCoin, César Carvalho, para obter detalhes sobre a parceria entre a criptomoeda e a liga venezuelana. Segundo Carvalho:
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“Nós estávamos em contato com um empresário colombiano que gostou muito do projeto, e nos colocou em contato com a AC2. Nós começamos a conversar e criamos uma parceria que vai além de patrocínio, nós queremos que a liga cresça como um todo. Nós criaremos formas de usar a KickSoccerCoin nos estádios, auxiliaremos os clubes, e em troca nossa logo ficará como patrocinadora nos uniformes. Porém, vai além do que só injetar dinheiro.”
Carvalho explica que é possível obter KickSoccerCoins por meio do site oficial do projeto, contudo, a maior parte das aquisições é feita por meio de promotores. Eles atuam em uma região e auxiliam os interessados na aquisição.
Responsável pela parte comercial, ele adianta que mais parcerias estão sendo feitas, envolvendo embaixadores e entrada em novos países – salientando a Espanha. Além disso, o Grupo Desportivo Estoril Praia, do qual a KickSoccerCoin era patrocinadora, firmou uma parceria ainda mais forte com a empresa. Agora, Carvalho ressalta que eles assumiram a posição de “masters”.
Carvalho conclui reforçando o escopo do projeto:
“Nós não queremos só vender moedas e fazer milhões. Nós queremos montar uma criptomoeda que será utilizada no cenário mundial do futebol, e para tanto vamos desenvolver com calma, sem pressa para enriquecer. O foco é um produto funcional.”
A KickSoccerCoin é um hard fork da Dash, sendo possível executar masternodes em plataformas que apresentam suporte, como a 4Masternode – que já conta com 508 masternodes da criptomoeda focada em futebol. Há suporte ainda na plataforma 4Stake, para aqueles que desejam realizar hospedagem compartilhada de masternodes.
Venezuela e as criptomoedas
O anúncio feito pela AC2 no Instagram não dá detalhes, apenas afirma que a KickSoccerCoin é “muito bem-vinda”. Contudo, nos comentários, um dos seguidores do perfil da AC2 comentou:
“É uma criptomoeda, é sinal de que isso vai ser sério.”
Desta forma, nem mesmo as controvérsias em torno da Petro – criptomoeda estatal supostamente baseada no valor do petróleo – retiraram a crença obtida por boa parte dos venezuelanos em criptomoedas.
Tal crença é ressaltada por uma publicação feita por um venezuelano no Reddit, na qual o mesmo afirma que o volume de Bitcoins negociados por meio da plataforma LocalBitcoins na Venezuela está cada vez mais robusto. Este pode ser um indicativo sobre o interesse e confiança do povo venezuelano das criptomoedas.
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