Como vem noticiando o CriptoFácil, a indústria de mineração de Bitcoin está enfrentando o pior mês do ano há menos de 60 dias do halving. Recentemente, a queda de mais de 50% no preço do Bitcoin e a dificuldade da criptomoeda em recuperar seu valor acima de US$ 10 mil levaram diversos mineradores a desligar seus equipamentos fazendo o hashrate cair mais de 30%, o que levou também a segunda maior queda histórica na dificuldade de mineração.
Agora, segundo dados do Índice de Preços Bitcoin da CoinDesk, os mineradores têm vendido mais Bitcoins do que minerado. Em média, segundo os dados, a “conta” ficou 10% negativa, ou seja, os mineradores venderam cerca de 10% mais Bitcoins do que mineraram. Segundo Charlie Morris, presidente da ByteTree, os mineradores venderam 2.788 Bitcoins contra 1.588 minados.
Contudo, para Morris isso deve ser visto como um fato positivo, pois indica que o mercado está forte e otimista. Isso porque, segundo ele, mesmo com os mineradores liquidando seus Bitcoins e em meio a uma crise global com impacto em todo o mercado, o BTC ainda consegue manter seu valor acima de US$ 6.500. O analista Connor Abendschein, que coordena pesquisas de criptomoedas na Digital Assets Data, também concorda que os dados devem ser vistos com positivismo.
“(…) se os compradores podem absorver o Bitcoin extra vendido pelos mineradores com pouco impacto no mercado spot isso é um sinal de força no mercado geral”, disse.
Outros analistas, no entanto, são de opinião que as variações de um dia nas vendas líquidas de mineradoras geralmente são muito pequenas para fazer um julgamento válido da alta do mercado.
“O volume de vendas de 2.788 na quarta-feira não foi estatisticamente significativo o suficiente para ter muito significado nos maiores movimentos de preços do Bitcoin“, disse Alexander S. Blum, COO da empresa de fintech Two Prime. “Comparado à quantidade de Bitcoins no mundo, as vendas da mineradora foram inferiores a 1%”, completou Blum.
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