Há poucos meses, o Banco Central do Brasil (Bacen) anunciou seu sistema de pagamentos instantâneos, o PIX.
Trata-se de uma inovação no sistema bancário nacional, retratando uma abertura do Bacen em relação a inovações tecnológicas.
Tal abertura foi confirmada por Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter. Ela afirmou que o Bacen está, de fato, mais aberto às inovações apresentadas por fintechs.
Bacen aberto a novas tecnologias
Rafaela Vitória participou de uma transmissão ao vivo realizada pela QR Asset Management na última quinta-feira, 25 de junho.
Na ocasião, a economista-chefe do Inter aproveitou para falar sobre a postura mais aberta adotada pelo Bacen. Falando sobre o atual posicionamento do Banco Central do Brasil, Vitória afirma:
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“O BC, obviamente, está focado na pandemia e na crise. Mas temos pequenas mudanças que não são anunciadas, mas fazem diferença. Uma previsão da agenda é o sistema de pagamento eletrônico, que é transformador. É feito via QR Code e possibilita transferências sem cartão e sem tarifas. É um sistema que vai ajudar no processo de bancarização das pessoas. Estamos vendo o Banco Central fazendo muitos avanços, fazendo parcerias com as fintechs, que são muito ouvidas para a aplicação das novidades.”
Uma postura mais aberta do Bacen em relação às fintechs pode favorecer, possivelmente, uma maior presença das criptomoedas no sistema financeiro nacional.
Tendo em vista o sandbox regulatório planejado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), juntamente com uma aceitação maior de inovação pelo Bacen, não espantaria que um grande passo fosse dado em termos de criptoativos.
Apenas um passo para as criptomoedas
Para o economista Theodory Fleury, atual gestor da QR Asset Management, integrar Bitcoin ou outra criptomoeda no PIX é apenas “um pequeno passo”.
Durante a transmissão, Fleury afirmou:
“Com a pandemia, pessoas se viram defrontadas com a necessidade de se adaptar ao digital. Até pessoas mais idosas tiveram que se acostumar com essa nova realidade. O PIX é um dos indícios de que a digitalização dos processos bancários, financeiros e do próprio dinheiro veio para ficar. Uma vez montada essa infra-estrutura, trocar a moeda fiduciária pelo Bitcoin ou qualquer outra criptomoeda seria apenas um pequeno passo.”
É de comum acordo entre Fleury e Vitória que o Bacen está realmente mais aberto a inovações.
Assim sendo, tendo em vista o diálogo aberto com fintechs, talvez seja questão de tempo até que o Bacen tenha um diálogo frutífero com uma fintech do ramo de criptoativos.
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