Em meio as disputas comerciais com a China e à situação em Hong Kong, o presidente dos EUA Donald Trump voltou a agir. Na terça-feira, 14 de julho, Trump assinou a chamada Lei de Autonomia de Hong Kong.
A nova lei impõe sanções ainda mais duras contra Pequim. O foco agora são os bancos chineses, vistos por Trump com aliados do governo na campanha contra Hong Kong.
Os bancos do país correm o risco de serem cortados de grande parte do sistema financeiro global. O Banco da China (BoC), o Banco Industrial e Comercial da China e o Banco da Construção da China podem ser afetados.
Bancos podem perder acesso ao dólar
As novas sanções podem, efetivamente, retirar os bancos chineses do sistema financeiro mundial. Entre as proibições impostas, estão:
- Estabelece medidas punitivas contra credores que negociam com funcionários sancionados;
- Proibições de receber empréstimos de bancos americanos;
- Proibição de participar de transações bancárias e em moeda estrangeira e investir em ações ou títulos de dívida.
A perda de acesso chinês ao sistema financeiro foi destacada por um dos autores do projeto. O senador republicano Pat Toomey afirmou que “a economia da China, no futuro próximo, dependerá das transações em dólares dos EUA”.
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Sanções podem impulsionar uso de criptomoeda chinesa
Apesar de bastante dura, a lei pode se tornar um tiro no pé para os EUA. Isso porque caso seja excluída do sistema financeiro, a China pode criar o seu próprio sistema.
Nesse sentido, o yuan digital ganha ainda mais força. Afinal, a moeda poderá ser utilizada para burlar as sanções norte-americanas.
E não há apenas esse risco. Outra possibilidade é que o uso do yuan digital seja ampliado para outros países. Recentemente, a China anunciou uma parceria asiática para a expansão da futura moeda.
E caso o dólar digital não saia do papel, os EUA podem não ser capazes de segurar o poder de inovação da China neste mercado.
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