O dólar foi cotado acima de R$5 no Brasil, nesta quinta-feira, dia 12 de março, motivado pelo pânico mundial em torno do avanço da pandemia do Coronavírus e das declarações do presidente Donald Trump que restringiu voos dos EUA para a Europa como uma medidas para conter a disseminação da doença.
A NBA também já anunciou a suspensão da temporada depois que um jogador foi identificado com o vírus. Além disso, diversas empresas, inclusive do setor de criptomoedas, já anunciaram planos de “quarentena” para os funcionários, incentivando o trabalho em casa.
A “chegada” do Coronavírus nos EUA e as ações de Trump levaram pânico ao mercado em todo o mundo que registrou forte queda. O mesmo aconteceu com o valor do Bitcoin, jogando por terra o argumento de que o BTC não é um ativo “correlacionado” ao mercado tradicional e à macropolítica. Assim que a declaração de Trump começou a impactar as bolsas em todo o mundo, o Bitcoin iniciou uma queda vertiginosa que chegou a 22% no momento da redação deste artigo, levando o BTC abaixo de US$6 mil pela primeira vez no ano.
O mesmo ocorreu na segunda-feira, dia 9 de março, quando a Arábia Saudita anunciou uma redução de 20% no preço do Petróleo e um aumento na produção da commodity, ocasionando uma reação negativa nos mercados em todo o mundo. Assim que o país árabe anunciou as medidas, o BTC começou uma queda que chegou a 11%.
No caso da recente queda, a alta do dólar no Brasil ajudou a “segurar” o valor do BTC. Isso porque, como o valor do Bitcoin é referenciado em dólar, enquanto a criptomoeda caiu, a moeda americana subiu no país, “equilibrando” e amenizando as perdas. No momento da redação do artigo, o Bitcoin está cotado a R$31.033, com 16,69% de desvalorização enquanto no mercado global, a principal criptomoeda do mercado está valendo US$6.038, com 23,20% de desvalorização.
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No entanto, para a exchange nacional Mercado Bitcoin, o BTC não é um ativo correlacionado com o mercado tradicional. Contudo, isso não impede que ele sofra os impactos de uma crise global.
“O Bitcoin pode sim reagir positivamente em momentos de incerteza e aversão a risco, contudo as crises podem se aprofundar e nestes momentos segurança absoluta é prioritária, Bitcoin também perder nestes momentos. Apesar de ser um ativo descorrelacionado é diferente de ativo com correlação negativa, ativos tradicionais e Bitcoin podem sim andar no mesmo sentido (pra baixo!) em momentos incertos”, disse.