O colapso da FTX em novembro de 2022 continua a servir como um lembrete gritante da necessidade de monitoramento rigoroso de ativos das exchanges. De fato, algumas das maiores plataformas implementaram um sistema de Prova de Reservas (PoR, na sigla em inglês) após o colapso da empresa.
Este evento catalisou uma mudança em direção à transparência, com as exchanges de criptomoedas agora divulgando mais sobre suas reservas e gestão de fundos de usuários. No entanto, a Coinbase segue como uma das exchanges que não estabeleceu a criação deste relatório.
Por outro lado, outras grandes exchanges conseguiram superar o momento difícil da queda do império de Sam Bankman-Fried. Dois anos após o colapso da FTX, apenas a Bitfinex e a Binance testemunharam suas reservas de Bitcoin crescerem.
Exchanges aumentam os esforços de PoR
De acordo com o último relatório da CryptoQuant, das principais exchanges, a Coinbase continua sendo a única que não apresentou um relatório público de Prova de Reserva. Já a Binance foi uma das primeiras a adotar essa prática.
A Binance, por exemplo, fornece PoR de seus ativos por meio de endereços on-chain disponíveis publicamente, permitindo que usuários e partes interessadas verifiquem os ativos diretamente. Esse endereços não incluem apenas BTC e Ether (ETH), mas também outras criptomoedas.
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As reservas de Bitcoin da Binance cresceram notavelmente em 28.000 BTC (5%) e atingiram um total de 611.000 BTC. Ou seja, mesmo em meio ao escrutínio regulatório das autoridades dos EUA, a exchange é uma das maiores detentoras de BTC do mercado.
Entre as principais bolsas, apenas a Bitfinex e a Binance expandiram suas reservas desde o colapso da FTX, com a última mantendo uma taxa de redução de reserva abaixo de 16%. Plataformas como OKX, Bybit e KuCoin divulgam PoR todos os meses, permitindo que os usuários auditem suas reservas para garantir que sejam solventes.
WazirX faz relatório após ataque cibernético
Embora os relatórios de Prova de Reservas tenham aumentado a transparência nas principais bolsas, os desafios de segurança permanecem. A WazirX, por exemplo, sofreu um ataque hacker que causou a perda de US$ 230 milhões no mês de julho.
Recentemente, a empresa divulgou seu primeiro relatório de PoR após o ataque. Como era esperado, o relatório mostrou que houve um declínio acentuado em suas reservas e ressaltando os riscos contínuos que as bolsas enfrentam.
O relatório indica que a exchange tem US$ 298,1 em ativos totais, incluindo fundos on-chain, ativos mantidos em exchanges de terceiros e ativos menos líquidos. A redução nos ativos está alinhada com a reestruturação em andamento da empresa após o ataque de julho.
Como tal, o PoR da WazirX forneceu insights críticos sobre sua saúde financeira ao verificar se seus ativos cobrem passivos. Ao rastrear mudanças nas reservas de uma exchange, os relatórios de PoR ajudam os usuários e as partes interessadas a avaliar a capacidade de uma exchange de gerenciar fundos de forma responsável e responder a crises.