Há grande aceitação do nome de Paulo Guedes como Ministro da Economia, no mercado financeiro.
Geralmente, ele é tido como um liberal que pode ajudar o Brasil a realizar as desejadas e necessárias reformas tributária e administrativa.
Entretanto, três grandes nomes da sua equipe acabam de pedir demissão do governo: Salim Mattar, Paulo Uebel e José Ziebarth.
A “debandada”, nas palavras do próprio Guedes, é capaz de gerar um impacto negativo no delicado mercado de ações brasileiros.
Isso acontece porque o momento atual é de extrema incerteza.
Caso exista um sinal de diminuição do avanço liberal, no governo, as consequências podem ser catastróficas para o mercado.
Conforme relatado, três nomes importantes da equipe de Guedes abandonaram a barca do governo. São eles:
Guedes avaliou a debandada coletiva como uma consequência do travamento das reformas pelo Congresso.
As saídas vêm num momento em que Jair Bolsonaro decidiu adiar o envio da reforma administrativa ao Congresso, por receio de reação negativa do seu eleitorado.
Entretanto, a relação entre Guedes e Bolsonaro fica ainda mais delicada, já que o Ministro é mais afeito à prática do que à política.
Bolsonaro, por sua vez, é um estadista eleito e, portanto, dificilmente vai ignorar as consequências políticas dos seus atos.
Além disso, fica a pergunta: qual a consequência da instabilidade da equipe econômica de Paulo Guedes, no mercado financeiro?
Os investidores do mercado de ações estão atentos ao que acontece em Brasília.
Dito isto, o Ministério da Economia, gerido por Guedes, é o mais importante, para a comunidade de investimentos.
O motivo é claro: sob o ponto de vista da maioria dos investidores, o Brasil passou décadas sob uma administração econômica desfavorável para o livre mercado.
Desta forma, os investidores acreditam na capacidade de Guedes de analisar a economia brasileira sob o viés liberal. Essa foi uma das principais razões pelas quais o IBOV disparou, em 2019, para os 120.000 pontos.
O mercado não quer ver Paulo Guedes fora do governo. Em especial, num período de retração econômica, causada pelo COVID-19.
Apesar disso, até o momento, não é possível afirmar que as demissões impactaram na Bolsa de Valores. O IBOV está em 101.315,10 pontos, numa pequena baixa, que apenas acompanha os mercados estrangeiros.
Finalmente, apenas a demissão de Guedes é capaz de influenciar o IBOV, tal como ocorreu após a saída de Moro, do governo.
Leia também: PIX tem regulamento aprovado pelo Banco Central, marcando fim do TED e DOC
Leia também: Saiba como usar BDRs para investir em ações estrangeiras no Brasil
Leia também: Protocolo da Batata Doce: YAM é a mais nova plataforma DeFi