Atualização, 29 de maio, 12:28h: a Credminer encaminhou resposta ao CriptoFácil por meio de nota. O arquivo foi disponibilizado ao final da matéria, em sua integralidade.
A Credminer é uma empresa que prometia ganhos estratosféricos aos seus investidores. Tais ganhos, de acordo com a empresa, eram auferidos por meio da mineração de criptomoedas.
Entretanto, desde 2019, a empresa não paga os rendimentos prometidos. Foi lançada até mesmo uma suposta criptomoeda, chamada LQX, como plano para ressarcir os clientes.
Como é de se esperar, foi acusada de estar aplicando um golpe. Insatisfeita com o rumo das críticas, a Credminer efetuou um pedido de tutela de urgência contra o Facebook. O objetivo era tirar do ar quatro publicações feitas pelo perfil “Rei das Finanças” da rede social.
“Mais um golpezinho barato”
As publicações do Rei das Finanças, de acordo com a Credminer em sua petição inicial, são “sensacionalistas, difamatórias e inverídicas”. Ainda no documento, a empresa afirma que o mesmo perfil publicou no YouTube, um deles intitulado “CREDMINER MAIS UM GOLPEZINHO BARATO ALERTA”.
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O vídeo mencionado acima, assim como outro também publicado pelo Rei das Finanças, foram retirados do ar anteriormente – também a pedido da Credminer.
Em um dos pontos, critica a Credminer:
“Não fosse suficiente, no caso dos autos, as próprias imagens evidenciam seu caráter difamatório, calunioso e sensacionalista, buscando correlacionar os AUTORES a suposto golpe que sequer é objeto de investigação, chegando inclusive ao absurdo de intitular os AUTORES como criminosos, sem que haja qualquer processo administrativo ou judicial.”
As publicações no Instagram, agora fora do ar mas juntadas no processo, exibem fotos de membros da Credminer. Nas publicações, eles são chamados de “+1 criminoso da rede”, chegando a indagar em uma das publicações:
“Seria uma quadrilha? Credminer/liquidex/wehpm golpes na rede golpistas com mais de 20 anos na rede alerta (sic)”
Pedido da Credminer é aceito
Com base nas publicações, a Credminer pediu a retirada do conteúdo do ar, com urgência. O juiz da 25ª Vara Cível da Comarca de São Paulo/SP, Guilherme Ferfoglia Gomes Dias, entendeu ser plausível o pedido:
“Por essas razões, DEFIRO PARCIALMENTE o pedido de tutela de urgência para determinar que a requerida (i) remova de sua plataforma as postagens virtuais constantes das URLs listadas à fl.34, item I, do pedido, e (ii) armazene todas as informações necessárias para a identificação dos responsáveis pelas publicações mencionadas na petição inicial até a solução final do processo, ainda que ultrapassados os prazos previstos nos artigos 13 e 15 da Lei 12.965/14.”
“O negócio faliu”
A Credminer não paga seus clientes desde dezembro de 2019, mesmo mês em que informou o lançamento da LQX, sua criptomoeda com o intuito de sanar as dívidas com os clientes.
Antônio Silva, presidente da empresa, prestou uma entrevista ao portal Cointelegraph Brasil em fevereiro deste ano. Na entrevista, Silva admite que o negócio faliu:
“A Credminer perdeu as seis contas bancárias que tínhamos. Eu tenho todos os documentos para provar. Mas, isso não foi tudo, como te disse, o modelo de mineração faliu. A dificuldade de mineração de Bitcoin aumentou a cada dia, mineração deixou de ser um negócio lucrativo nos moldes em que a Credminer havia montado.”
Importante ressaltar que a LQX, moeda criada pela Credminer, está cotada a R$ 0,16 na exchange Cointrade.
Desta forma, quem possuía Bitcoins junto à empresa e foi pago com LQX, receberá uma quantidade considerável – e de liquidez questionável – da criptomoeda da Credminer.
Posicionamento da Credminer
Por meio da nota, a Credminer se manifestou sobre o conteúdo da matéria, sendo ela disponibilizada abaixo em sua integralidade:
“A Credminer era uma empresa de mineração de criptomoedas que compartilhava os resultados operacionais, fossem eles lucros ou prejuízos, com os seu afiliados. Sempre de acordo com o que era produzido pelas máquinas de mineração que seus afiliados LOCAVAM, por um determinado período de tempo, conforme contrato.Os resultados oferecidos eram sempre variáveis,poderiam ser de 10%, 20%, 50%, 100% ou mesmo 0% ao ano, conforme consta em nosso contrato, sistema, site, apresentações oficiais, vídeos, e redes sociais.
A Credminer em nenhuma hipótese prometeu, garantiu, ou ofereceu retorno FIXO aos seus afiliados, muito menos garantiu rentabilidade mínima ou mesmo pagamento em moeda FIAT (Reais, Euros ou dólares). Também não prometia minerar uma criptomoeda específica. Apenas negociava/instalava as máquinas, administrava e compartilhava os resultados obtidos em um pool chamado HPM, que representava um valor de referência para pagamentos em criptomoedas de acordo com o resultado operacional da semana anterior, sempre de acordo com o que era produzido.
Este pagamento era feito direto na conta de cada usuário, conforme eram mostrados os resultados parciais e gerais na respectiva rede blockchain da moeda minerada.Qualquer pessoa poderia ver em TEMPO real a mineração, bem como ir visitar a mineradora a hora que quisesse, bastando somente fazer um agendamento junto à empresa. Apenas em 2019 mais de 15 mil pessoas visitaram as instalações da empresa no Paraguai.
A Credminer, minerava QUALQUER criptomoeda, desde que fosse lucrativa. Durante 3 anos a Bitcoin foi a mais lucrativa. O resultado era creditado direto na conta do usuário e poderia ser enviada para exchanges parceiras a qualquer momento, tais como: CoinBr, Brabex e por último Liquidex. Mais de 95% dos usuários cadastrados tiveram resultados satisfatórios, acima da média.
Entretanto, mesmo com investigações arquivadas, e outras em curso pelo MP e CVM, a mídia nunca nos procurou para ouvir a versão oficial da empresa, postando matérias tendenciosas, como essa e outras, em especiais as do Motoboy Sisaque Correa, intitulado ‘Rei das Finanças’ e do Distribuidor da UP e Hpoint Sr. Silvio Santana, proprietário da Página do Facebook DPF (Desmascarando Pirâmides Financeira). O primeiro nos procurou fazendo chantagens para não sair falando mal da empresa em redes sociais, especialmente de seus líderes e sócios. O segundo era Distribuidor UP e da HPoint, ambas as empresas já fecharam. Existem processos em curso contra estes“bandidos da internet”, que se intitulam justiceiros, na justiça criminal.
A Credminer, por ser uma empresa transparente, procurou a CVM por diversas vezes, conforme consulta pública feita à CVM sob o Nº 19957.007469/2019-(SP2018/482). Nos prontificando a mostrar nosso modelo de negócio e nossa intenção de trabalhar com Criptomoedas, de forma legal. Nunca tivemos resposta. Após tudo isso, somado as perseguições, ameaças de morte aos sócios e filhos dos sócios da empresa, mesmo com o negócio no auge, a empresa foi a ÚNICA a não sair do ar e, por decisão própria, encerrou suas atividades para NOVOS CADASTROS, até que se encontrasse uma forma LEGAL E SUSTENTÁVEL para continuar operando. QUAL EMPRESA deixou de aceitar novos depósitos em criptomoedas?
Vale ressaltar que, qualquer usuário ficou livre para retirar suas moedas e vender a preço de mercado, a hora que assim desejasse. A Credminer NÃO FALIU como dizem alguns sites, o MODELO DE NEGÓCIO baseado em: Mineração e Arbitragens de criptomoeda não era mais lucrativo, como foi durante mais de três anos. E Antônio Silva, Diretor da MDX no Paraguai, prestou uma entrevista ao portal Cointelegraph Brasil, em fevereiro deste ano.
E na entrevista, Antônio Silva admite que o MODELO DE NEGÓCIO faliu, não a empresa, como se pode ver em nota postada no site: ‘A Credminer perdeu as seis contas bancárias que tínhamos. Eu tenho todos os documentos para provar. Mas, isso não foi tudo, como te disse, O MODELO DE MINERAÇÃO FALIU. A dificuldade de mineração de Bitcoin aumentou a cada dia, mineração deixou de ser um negócio lucrativo nos moldes em que a Credminer havia montado.’
A Credminer sempre informou seus usuários, dentro do escritório virtual, por meio de AVISOS e ALERTAS, mostrando a realidade do mercado de Criptomoedas: riscos, vantagens, benefícios e quais caminhos seguir, efetuando assim um trabalho de informação, deixando claro que é IMPOSSÍVEL prometer e pagar retornos fixos, garantidos, sejam eles de 1% ou mais ao dia, e que liquidez em reais apenas corretoras poderiam oferecer. Além de que qualquer criptomoeda, seja ela Bitcoin, Dash, Litecoin ou LQX são reguladas pelo mercado e extremamente voláteis, podendo valer muito ou até zero, a qualquer momento.
Diante disso, qualquer usuário que ainda tenha conta no site www.credminer.com tem o prazo até o dia 30 de junho de 2020 para retirar suas moedas e vendê-las onde achar melhor.”
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