Em um artigo intitulado Polícia 4.0, o Coronel Veterano da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Amauri Meireles, abordou o processo de modernização que diversos setores da sociedade estão passando.
Dentre eles, Meireles destacou a criminalidade e o uso de novas tecnologias, como o Bitcoin, para a criação do que chamou de criminaltechs.
Criminalidade 4.0
No artigo, o coronel explicou que, atualmente no Brasil, muito se fala de Economia 4.0, Advocacia 4.0, Educação 4.0, Gestão 4.0 e Indústria 4.0. Segundo ele, essa modernização dos setores é fomentada por novas tecnologias, como Inteligência Artificial, Machine learning e Internet das Coisas.
Para contextualizar esse processo, Meireles citou as revoluções industriais pelas quais o mundo passou. Além disso, ele mostrou como as tecnologias transformaram e seguem transformando a sociedade. Para ele, a chamada indústria 4.0 tende a ser totalmente automatizada por conta das novas tecnologias.
“De repente, a criação de milhares de startups! No lado financeiro, as Fintechs, no jurídico, as Lawtechs. Levanta-se a tese de que, na questão das organizações criminosas (orcrim) podem surgir as “criminaltechs”, para dar suporte à criminalidade 4.0”.
Nesse contexto, Meireles citou o financiamento dos ambientes de negócios do crime através das transações financeiras internacionais. Nesse aspecto ele abordou o Bitcoin, como sendo uma inovação que pode ser usada pelas organizações criminosas.
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Assim, com essas inovações, as “franquias de grandes conglomerados do crime” irão se disseminar. Além disso, “cada pequena orcrim terá apenas de se acoplar a uma das centenas de canais oferecidos”.
Combate às criminaltechs com inteligência
Segundo o coronel, essas organizações criminosas devem ser combatidas através que trabalho de inteligência. Pois, essas ações ajudarão a aumentar o risco da atividade criminosa e a diminuir sua lucratividade na base.
“Desenhado, conhecido o fluxo do dinheiro (que poderá chegar aos bancos, ao Estado, ao comércio exterior, ao futebol, etc) há o ataque às artérias que estão se formando, antes de se capilarizarem. É claro que isso já foi pensado e não é realizado por falta de gestão eficiente, mas, entende-se, isso pode ser diferente. Basta planejar, observando, também, características de um ambiente de negócio, embasado em uma “Polícia 4.0”.
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