Os céticos disseram que o Bitcoin estava morto. Investidores veteranos como Warren Buffet disseram que era uma “ilusão”. Contudo, analisando as pesquisas no Google, o FOMO (ou medo de perder a oportunidade) se alastrou nos cinco países listados a seguir, conforme noticiou o Bitcoinist, nesta semana.
Brasil
Como maior país e economia da América do Sul, as condições para o FOMO de Bitcoin no Brasil são peculiares. De fato, o país apresentou um novo recorde no volume de trocas de BTC em abril – mais de 100 mil Bitcoins em 24 horas. Isso se traduz em R$2 bilhões.
O Bitcoin representa um caso atraente de uso nos países onde a crença no partido governante e no sistema financeiro tradicional é baixa. O governo corrupto e a inflação no Brasil podem não se igualar à Venezuela, contudo, 62% da população tem 29 anos ou menos, ajudando a espalhar a palavra do Bitcoin entre diferentes esferas.
Colômbia
O segundo país com a maior quantidade de buscas no Google sobre Bitcoin é a Colômbia. Com um exemplo econômico desastroso como vizinho, a Colômbia tornou-se lar de mais de um milhão de venezuelanos nos últimos anos.
O país tem um governo que apoia as criptomoedas e as condições para o Bitcoin são favoráveis. Isto posto, parece que o acréscimo de FOMO é proveniente dos venezuelanos que moram lá.
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Viver em um local onde a inflação supera 1.000.000% ao ano faz com que a volatilidade do Bitcoin pareça piada. Agora que o mercado está em alta, o BTC já apresentou ganhos de 111% este ano.
Stocks are up 12% in 2019.
Bitcoin is up 111% in 2019.#GetOffZero and get in the game. ?— Pomp ? (@APompliano) May 24, 2019
“Ações subiram 12% em 2019.
O Bitcoin avançou 111% em 2019. Saia do zero e entre no jogo.”
Alemanha
Em um país famoso pelo seu conservadorismo, é difícil imaginar os alemães caindo em FOMO – especialmente quando se trata da parte financeira.
Entretanto, um dos maiores bancos do país é consistentemente o principal participante em escândalos de lavagem de dinheiro. O aumento na popularidade do Bitcoin é reflexo do povo perdendo a fé na liderança do país. Além disso, a Alemanha está tornando-se um solo fértil para startups de criptomoedas e ofertas iniciais de títulos financeiros (STOs).
Para completar, mais de um quarto da juventude alemã comprou ou considera comprar BTC e outros criptoativos. A conferência sobre Bitcoin e blockchain Unchain ocorrerá em Berlim dentro de algumas semanas, sendo um fator adicional sobre o FOMO.
Áustria
As buscas por Bitcoin na Áustria atingiram um pico em abril, na mesma época em que ocorreu o evento ANON Blockchain Summit em Viena, capital do país. Grandes nomes como Microsoft, IBM e Accenture afirmaram que estavam investindo pesado em blockchain.
A Áustria é grande em Bitcoin no geral, com mais de 100 caixas eletrônicos de BTC em seu território. Com uma sólida economia e baixa inflação, o investimento institucional em blockchain parece estar empurrando o FOMO atualmente.
Argentina
Voltando para a América do Sul, não surpreende que a Argentina esteja sendo afetada pelo FOMO do Bitcoin.
As pessoas no país estão comprando BTC para protegerem suas posses da crescente inflação. Na verdade, o valor do BTC na moeda argentina, o peso, já supera a marca mais alta da moeda atingida em 2017 pelo país.
Um local amigável em relação ao Bitcoin permite que a moeda seja utilizada até mesmo no transporte público.
Bitcoin mais popular do que outras criptomoedas
Um ponto interessante a ser salientado é que quando são comparadas pesquisas referentes a Bitcoin e Etheruem, ou outras criptomoedas, as pesquisas sobre BTC tomam quase todo tráfego, com uma média de 95%. Contudo, ainda que estes países estejam sendo atingidos pelo FOMO do Bitcoin, o reconhecimento do ecossistema como um todo ainda parece estar longe.
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